Além das milhões de pessoas que ainda não conseguiram receber a primeira parcela do auxílio emergencial, o governo ainda não tem data prevista para a liberação da segunda parcela do benefício.
Quando anunciou o programa de socorro financeiro diante da pandemia do coronavírus, no início de abril, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, apresentou um calendário que previa o pagamento da segunda parcela do auxílio entre os dias 27 e 30 de abril.
Outro anúncio foi feito no dia 20 de abril, quando o ministro disse que o pagamento da segunda parcela seria antecipado para o dia 23 do mesmo mês, o que foi desmentido na véspera do dia 23.
Na manhã da última sexta-feira (8), o ministro afirmou que a data seria definida até o fim do dia, mas nada aconteceu.
Com o vai e vem de anúncios, notas informativas e desmentidos, o certo é que até esta segunda-feira (11), nem uma data foi definida, o que causa enorme insegurança entre os que têm direito ao benefício e conseguiram, com muito sacrifício e após várias tentativas, receber a primeira parcela.
Segundo o Ministério da Cidadania e a Caixa, a falta de recursos e as dificuldades enfrentadas no pagamento da primeira parcela e a tentativa de evitar as filas e aglomerações nas agências da Caixa, são os motivos para a não definição da data.
O governo federal informou que “por fatores legais e orçamentários, pelo alto número de requerentes que ainda estão em análise, estamos impedidos legalmente de fazer a antecipação da segunda parcela do auxílio-emergencial”.
Segundo o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, para evitar as filas e aglomerações nas agências da Caixa, o calendário deveria considerar as datas de pagamento dos benefícios do Bolsa Família e da liberação dos saques em dinheiro para quem recebe o Auxílio Emergencial por meio de poupança digital do banco. E afirmou que o governo federal estava “próximo de finalizar” o calendário de pagamento da segunda parcela.