O governo de Jair Bolsonaro produziu um documento apontando 200 iniciativas e propostas que devem ser levadas à frente até o fim do ano, em uma tentativa de se fortalecer para as eleições.
No documento, que cita reformas e diminuição da participação do Estado na economia, o governo não explica porque essas medidas não foram tomadas nos três anos que já se passaram.
A iniciativa é da Secretaria de Assuntos Estratégicos, ligada diretamente à Presidência. Segundo ela, é “um documento estratégico que visa promover o alinhamento e a coerência de esforços entre entes governamentais do Estado brasileiro”.
O documento, ainda não divulgado, foi obtido pelo jornal Folha de S.Paulo.
No campo das intenções, o governo Bolsonaro diz pretender aprovar uma reforma tributária “que favoreça o desenvolvimento econômico do país” e reduzir o “tamanho” Estado brasileiro.
Além disso, cita, segundo a Folha, uma orientação liberal para diminuir a “interferência do Estado nas relações privadas, além do incentivo a investidores”. Outra “medida” é a de “valorizar o papel da família no desenvolvimento da sociedade”.
O documento fala ainda em preservação ambiental, mesmo que recordes históricos de desmatamento e queimadas na Amazônia e no Pantanal tenham sido batidos durante o governo Bolsonaro.
Também são apontados como objetivos o alinhamento às regras da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mesmo que o Brasil ainda não seja um membro “pleno” do grupo, e reduzir o endividamento público.
As propostas deverão ser apresentadas publicamente pela Secretaria de Assuntos Estratégicos ainda no primeiro semestre.