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Após a reunião com os 27 governadores, vices e representantes, o presidente Lula convidou a todos para caminharem até a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) como ato de solidariedade à presidente da Corte, ministra Rosa Weber, e para vistoriar os graves danos provocados na instituição pelos insanos bolsonaristas.
Lula chamou a presidente do STF, que também participou da reunião dos governadores, para encabeçar a comitiva que foi a pé até o Supremo.
Após a visita ao STF, Lula declarou aos jornalistas que estava com “raiva” do que aconteceu no domingo, com a depredação do Supremo, o mais castigado pelo vandalismo dos bolsonaristas.
“Isso jamais deveria ter acontecido”, disse Lula, que prometeu não “dar trégua” até “descobrir o responsável que financiou” o ato terrorista. “Foi um bando de vândalos”,
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), expressou sua tristeza com o que os terroristas fizeram no STF: “muito triste, mas a democracia vai se fortalecer ainda mais”.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), disse que a ida ao STF “foi um ato de solidariedade”. “O que aconteceu aqui dentro é inaceitável”, disse Raquel, acrescentando que viu “um cenário de guerra” dentro da Corte.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), declarou que “vamos ficar atentos para que os acampamentos não voltem” e que os governadores vão dar todo apoio à segurança do Distrito Federal.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, enfatizou que “não há espaço para o terrorismo” e demonstrou seu sentimento de “tristeza e indignação” com a depredação.
O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, destacou que o ato de solidariedade e desagravo ao Supremo marcou “a volta da civilidade” e que a ação dos governadores representou “a pluralidade” em defesa da democracia e das instituições.
Barroso repudiou as ações golpistas de “pessoas que se dizem patriotas e envergonham a pátria”. “O terrorismo não é a cara do Brasil”, disse, acrescentando que o “Supremo vai se reconstruir” e que isso “passa pela punição rigorosa dos terroristas”.
“Pessoas que praticaram esses atos não são patriotas, eles envergonham o país”, reafirmou.
BOLSONARO
O ato de solidariedade de Lula e dos governadores contrasta radicalmente com a atitude golpista de Bolsonaro, que durante a toda a sua fatídica gestão ameaçou, pressionou e chantageou o Supremo Tribunal Federal por seus interesses mesquinhos e autoritários.
Em 7 de maio de 2020, ele interrompeu uma reunião com empresários industriais que foram a Brasília pedir ajuda para enfrentar a crise ocasionada pela pandemia e os arrastou numa caminhada ridícula até a sede do Supremo para pressionar a Corte pelo relaxamento das medidas de proteção da população contra a Covid-19.
Bolsonaro usou e constrangeu os empresários do setor produtivo para, junto com ele, chantagear o STF pelo fim da quarentena.
Ele queria que todos voltassem às atividades e se contaminassem com o vírus. Segundo ele, o coronavírus era uma “gripezinha”. “Gripezinha” que matou quase 700 mil brasileiros. E o STF cumpriu papel importante em apoiar as medidas dos governadores na proteção da ´população. O que deixava o “mito” furioso.
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