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Após a intensificação da greve nacional dos servidores e o aumento da pressão por uma proposta de reajuste salarial ainda este ano, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) convocou, para esta quarta-feira (10), reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP).
Desde a última proposta apresentada pelo governo – que, para atender à política do arcabouço fiscal defendido por Haddad, insistiu no reajuste zero, oferecendo apenas reajustes em auxílios – diversas categorias aderiam às paralisações, exigindo a antecipação da negociação. Além de não contemplar reajuste salarial, o governo condicionou o reajuste dos benefícios à assinatura do acordo, o que frustrou ainda mais os servidores.
No último dia 1º, o Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate) protocolou ofício no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), solicitando “providências para implementação imediata do reajuste dos benefícios (auxílio alimentação, per capita da saúde complementar e assistência pré-escolar)”, reiterando ainda “total insatisfação com a intenção de congelar salários em 2024, razão pela qual seguiremos mobilizados a fim de garantir recursos para recomposição ainda neste exercício”, afirmou a entidade no documento.
De acordo com matéria publicada pela Folha de S. Paulo, a ministra Esther Dweck se recusou a fazer a correção dos valores dos benefícios sem a pactuação dos demais pontos, em especial, o arrocho salarial em 2024. A expectativa dos servidores era de receber já em maio os novos valores dos benefícios.
Entre as novas unidades que aprovaram a paralisação estão os docentes da Unb, que aprovaram nesta segunda (8) a adesão à greve nacional no próximo dia 15. De acordo com a Associação dos Docentes da Unb, “a assembleia reuniu docentes de vários departamentos. Depois de mais de duas horas de debates sobre as condições de trabalho, o baixo orçamento das universidades públicas e a necessidade de reajuste salarial, professoras e professores votaram pela deflagração da greve”.
Além da Educação, que já mobiliza mais de 350 instituições federais em todo o país, servidores do Meio Ambiente já completam também quatro meses de paralisação. Desde janeiro, servidores do Ibama e do ICMBio estão em greve, suspendendo serviços como emissão de licenças de obras, importação de veículos, e autorização de supressão de vegetação.