A PGR (Procuradoria-Geral da República) voltou atrás e desistiu de arquivar o inquérito que investiga pagamento de propina ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) nas obras da hidrelétrica de Belo Monte, na bacia do Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do Estado Pará.
A nova manifestação foi assinada pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, auxiliar do procurador-geral da República, Augusto Aras. Na ação, foi apontado ao STF (Supremo Tribunal Federal) um “equívoco de tramitação”. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
O inquérito analisado pela PGR investiga pagamento de propina envolvendo as obras da hidrelétrica de Belo Monte.
Em 12 de julho, Lindôra acatou o pedido da defesa de Renan e pediu o arquivamento do caso.
Na ocasião, ela argumentou que não foram encontradas provas contra o senador. Este aspecto é o que demonstra que a “volta atrás” da PGR não é “equívoco de tramitação”. Mas retaliação a Renan, em razão da atuação dele na CPI da Covid-19 no Senado como relator do inquérito.
No entanto, em 22 de outubro, dois dias após a entrega do relatório da CPI da Covid-19, a subprocuradora enviou documento de três páginas ao ministro Edson Fachin, relator do caso, afirmando que o pedido anterior, para arquivamento do processo, consistia em “minuta ainda não aprovada”.