
O presidente Lula afirmou nesta quarta-feira (15) que a negociação para o cessar-fogo na Faixa de Gaza é um avanço importante para a construção de paz e estabilidade no Oriente Médio.
Lula destacou o impacto positivo da interrupção dos ataques de Israel à população de Gaza e da libertação de reféns, mas ressaltou a necessidade de buscar uma solução duradoura para a região.
Nos últimos 15 meses o governo israelense vem cometendo um verdadeiro genocídio contra a população palestina. Seu regime já assassinou 50 mil pessoas, grande parte delas, mulheres e crianças.
Não satisfeito, o ditador Benjamim Netanyahu ordenou o bombardeio de escolas, igrejas e hospitais e destruiu praticamente toda a infraestrutura da Faixa de Gaza. Quase dois milhões de pessoas foram expulsas de seus lares, estão sem alimentos e remédios e seguem sendo bombardeadas.
“Após tanto tempo de sofrimento e destruição, a notícia de que um cessar-fogo em Gaza foi finalmente negociado traz esperança. Que a interrupção dos conflitos e a libertação dos reféns ajudem a construir uma solução duradoura que traga paz e estabilidade a todo Oriente Médio”, afirmou o chefe do Executivo.
Lula reiterou a posição do Brasil em defesa da solução de dois Estados, com a criação de um Estado palestino independente e viável, coexistindo em paz com Israel dentro das fronteiras de 1967. “A estabilidade no Oriente Médio passa pela retomada de um diálogo sincero e comprometido. É fundamental garantir condições dignas para todos os povos da região e respeitar os direitos de cada nação”, destacou o presidente.
Pouco antes da manifestação de Lula, o Palácio do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) divulgou uma nota celebrando o cessar-fogo. Leia a nota na íntegra:
Nota do Itamaraty
O governo brasileiro tomou conhecimento, com grande satisfação, do anúncio, pelos governos do Catar, do Egito e dos Estados Unidos, de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Se confirmado oficialmente pelas partes envolvidas, o acordo interrompe conflito que, em 15 meses, vitimou fatalmente mais de 46 mil palestinos, com grande proporção de mulheres e crianças, e mais de 1.200 israelenses, além de mais de 160 jornalistas e 265 funcionários das Nações Unidas. O conflito causou ainda o deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas e a destruição da infraestrutura do território palestino, incluindo hospitais e escolas, gerando danos indiretos incalculáveis para gerações atuais e futuras.
O Brasil exorta as partes envolvidas a respeitarem os termos do acordo e a garantirem a cessação permanente das hostilidades, a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária a Gaza, assim como a assegurarem as condições necessárias para o início do urgente processo de reconstrução de sua infraestrutura civil.
O Brasil apela pela retomada imediata do processo de paz entre israelenses e palestinos e reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.