Nova onda de ataques armados varre os EUA, que com 5% da população mundial concentra mais de 30% das ocorrências
Uma série de ataques a tiros voltou a abalar os Estados Unidos neste final de semana deixando seis mortos e dezenas de feridos. Conforme os especialistas, tem havido um aumento de massacres deste tipo nos últimos anos.
Os recentes ataques armados ocorreram em Chicago, Estado de Washington, centro da Pensilvânia – onde um policial foi assassinado -, em Saint Louis, sul da Califórnia, Milwaukee e Baltimore.
Para o professor de políticas públicas e estatísticas da Carnegie Mellon University, Daniel Nagin, “não há dúvida de que houve um aumento na violência”. “Alguns desses casos parecem ser apenas disputas, muitas vezes entre adolescentes, que são travadas com armas de fogo, não com os punhos”, informou.
Muitos pesquisadores avaliam que o aumento do sangue derramado seja impulsionado pela imensa quantidade de armas circulando nas ruas dos EUA e por táticas policiais mais condescendentes com o crime.
No sábado, no Estado de Washington, ao menos duas pessoas morreram e outras três ficaram feridas em um tiroteio ocorrido no festival de música eletrónica EDM Beyond Wonderland, sediado numa zona rural arborizada, longe das cidades. Um sujeito foi detido e atualmente está entre os feridos. Um porta-voz da polícia declarou que ao chegarem no local ele se encontrava “atirando aleatoriamente contra a multidão”.
Também no sábado, um policial estadual foi morto e um segundo ficou gravemente ferido com algumas horas de intervalo no centro da Pensilvânia, depois que um atirador atacou um quartel da polícia estadual.
O suspeito dirigiu seu caminhão para o estacionamento do quartel de Lewistown por volta das 11 horas e abriu fogo com um rifle de grande calibre contra carros de patrulha marcados antes de fugir, disseram as autoridades.
O tenente James Wagner, 45, foi baleado e gravemente ferido após encontrar o suspeito a vários quilômetros de distância em Mifflintown. Mais tarde, o policial Jacques Rougeau Jr., 29, foi emboscado e morto por um tiro no para-brisa de seu carro patrulha.
Na madrugada de domingo, em um estacionamento de Willowbrook, Illinois, 32 quilômetros a sudoeste de Chicago, pelo menos 23 pessoas foram baleadas, uma fatalmente, quando centenas de pessoas se reuniam para festejar a abolição da escravatura na região. O escritório do xerife descreveu uma “reunião pacífica” que de repente se tornou violenta quando várias pessoas começaram a disparar contra a multidão.
Neste fim de semana nenhum dos trágicos episódios se encaixava na definição de “assassinato em massa”, pois menos de quatro pessoas morreram em cada local. A figura não inclui o atirador. No entanto, o número de feridos na maioria dos casos corresponde à definição amplamente aceita para tiroteios em massa.
Sendo assim, comprova pesquisa, com apenas 5% da população mundial, os Estados Unidos são responsáveis por mais de 30% das ocorrências desse tipo registradas no planeta.
