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Evento solidário ao povo palestino integrou assembleia da categoria dos professores do município de São Paulo em que foi exigido o fim do congelamento de salários
Um ato de solidariedade ao povo palestino e de repúdio ao genocídio perpetrado por tropas israelenses contra a população da Faixa de Gaza, que teve a presença de mais de mil professores, foi realizado por iniciativa do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (SINPEEM).
Os professores lotavam o plenário na Casa de Portugal, nesta terça-feira (4), quando o presidente do Sindicato, professor Claudio Fonseca, anunciou o ato e destacou que “nós não podemos nos omitir diante de um massacre como o que está sofrendo o povo palestino e, por isso, nos reunimos aqui para exigir o cessar-fogo já. Nos juntamos às vozes de manifestantes em todo o mundo para deter a chacina que se comete contra este povo”.
A iniciativa foi recebida com aplausos e palavras-de-ordem de “Viva o povo palestino” e “Palestina livre”.
Claudio convidou para compor a mesa Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), os autores do livro “Genocídio Isola Israel: desafio é criar o Estado da Palestina”, professor Nilson Araújo de Souza e Nathaniel Braia, além dos professores Patrícia Pimenta, Lilian Pacheco e José Donizete Fernandes, que passou a comandar o evento.
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Ualid (ao microfone, na foto acima, com os demais participantes do ato) foi intensamente aplaudido ao fazer um levantamento do número de mortos no atual massacre, apontando que proporcionalmente é um dos maiores perpetrados em toda a história. Ele enfatizou que, dado o espaço de tempo no ataque a Gaza, “a devastação tem dimensões mais mortais que o ritmo da destruição até mesmo do que a Segunda Guerra”.
O presidente da Fepal agradeceu o apoio dos professores e acrescentou que a “dimensão da solidariedade mundial ao povo palestino também é uma das maiores manifestações humanas de todos os tempos”.
Ualid denunciou que “Israel consegue provocar tamanha devastação por contar com o apoio em armas e diplomacia opressiva dos Estados Unidos”, destacando ainda que o imperialismo agride não só o povo palestino”, lembrando o ataque ao Vietnã, ao Iraque e à Líbia. “Foi a sanha imperialista que provocou duas guerras mundiais”.
O professor Nilson mostrou que o massacre do povo palestino teve início já nos primórdios da concepção do Estado de Israel, sob palavras de ordem colonialistas do sionismo, a exemplo da assertiva de que a Palestina seria “uma terra sem povo para um povo sem terra”, uma mentira que tem na própria luta de libertação do povo palestino seu desmentido histórico.
A limpeza étnica teve a sua exacerbação já com a Nakba (a Catástrofe, como os palestinos chamam o êxodo de centenas de milhares já nos idos de 1948, ano da implantação de Israel) disse ainda Nilson.
Nilson apresentou o livro e destacou um dos capítulos para afirmar: “A hora é de resistir ao fascismo de Netanyahu e pela abertura de negociações com intensificação do apoio internacional pela criação já do Estado da Palestina”.
Eles foram seguidos por Nathaniel Braia que enfatizou: “O genocídio que vem atingindo o povo palestino, já com mais de 36 mil mortes dos quais 15 mil crianças tem um comandante, o criminoso primeiro-ministro de Israel, Netanyahu e seus asseclas fanáticos, Gvir e Smotrich”.
Braia destacou que tanto em Israel quanto entre integrantes das comunidades judaicas no mundo inteiro, muitos se levantam e manifestam repulsa ao morticínio sob a consigna de ‘Não em nosso nome!”.
“É importante a presença de vocês professores, que devem levar o exemplo de civismo, de defesa de seus direitos enquanto povo, de defesa de sua história e de amor a sua pátria, exemplos que é importante seguirmos aqui no Brasil. Vale destacar a importância de levar aos alunos a compreensão do papel deletério do imperialismo, para que se perceba o cinismo de Biden, que a um tempo pede o cessar-fogo enviando armas em profusão para Israel seguir em seu extermínio”, disse ainda Braia.
O ato de solidariedade se deu como segunda parte de uma Assembleia que reiterou a decisão de realização de um Dia de Luta contra a falta de recursos para as escolas públicas do município. Dezenas de professores pediram a palavra durante a Assembleia para denunciar o congelamento de salários. Também foram erguidos cartazes contra a militarização das escolas e contra o arrocho salarial, afirmando: “Descongela Já!” Em sua chegada, os professores receberam um manifesto solidário ao povo palestino, com a assinatura de mais de 400 professores, afirmando: “Nós, professoras, professores e demais profissionais da educação básica no Brasil, nos somamos as iniciativas em todo o mundo contra o genocídio do povo palestino. A opressão nacional sofrida pelos palestinos desde a criação do Estado de Israel se intensifica, um projeto de colonização cujo objetivo declarado é a tomada de seu território e o apagamento da sua existência, da sua cultura e da sua herança”. O manifesto foi endereçado ao presidente Lula, ao ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e ao ministro da Educação, Camilo Santana.
Esta é a capa do livro dos palestrantes:
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Na introdução destaca-se que “este é um livro de combate. Nosso objetivo é desnudar a natureza do regime israelense a fim de contribuir para a luta dos povos e, particularmente, do povo palestino por sua emancipação e autodeterminação”.
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