
As ruas, praças e avenidas de várias partes do Brasil foram tomadas neste domingo (12) por movimentos contra o presidente Jair Bolsonaro. Em Brasília, as manifestações ocorreram na Esplanada dos Ministérios
Para o presidente da CTB-DF (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Flauzino Antunes Neto, a manifestação deste domingo (12) mostra que “é possível construir a frente ampla, com esquerda, centro-esquerda e centro para derrotar Bolsonaro”.
O não comparecimento do PT e CUT, para ele, mostra que o “movimento [Fora Bolsonaro] não pode ser eleitoreiro”. “Não pode ser ou se transformar em disputa de grupos políticos”, pois atrapalha a construção “da unidade para vencer o fascismo representado pelo presidente Jair Bolsonaro.”
Para o dirigente da CTB, “o PT não faz ato pelo ‘Fora Bolsonaro’, de verdade, porque não abrem mão da hegemonia política”, disse. “Tentam ser hegemônicos, porque vislumbram apenas as eleições de 2022.” “Queremos tirar Bolsonaro já, pois o povo não aguenta mais essa situação insuportável”, explicou. Na opinião dele tinham uns 2 mil manifestantes.
CONSCIÊNCIA PELA FRANTE AMPLA
“Quem compareceu, está disposto a construir a frente ampla”, comentou Francisco Andrade, presidente do Cidadania-DF. “Os que foram ao ato têm a consciência que é preciso construir a frente ampla”, completou.
Segundo Andrade, havia na Esplanada entre 2 e 5 mil manifestantes. Ele comentou ainda que o ato à tarde foi bastante prejudicado, em função da baixíssima umidade nessa época do ano em Brasília. Para ele, o melhor horário para realizar a manifestação seria na parte da manhã.
“Foi uma experiência [a manifestação] positiva”, disse. “O MBL está mais acostumado às manifestações nas redes. Parece que nas ruas, não é o forte dessa turma”, avaliou.
Segundo Andrade, compareceram ao ato representantes do PCdoB, PDT, Rede, Novo e ainda dirigentes de várias centrais sindicais. Havia até pessoas com camisetas do PT, comentou ainda o dirigente do Cidadania.
SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DESTE 12 DE SETEMBRO
Segundo os organizadores das manifestações, foram confirmadas ao menos 17 cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Belém, Florianópolis, Recife, Manaus, São Luís, Goiânia, Teresina, João Pessoa, Porto Alegre, Curitiba, Vitória e Palmas.
Os protestos criticaram as “mentiras e estelionatos eleitorais”, “aliança com os corruptos”, “rachadinhas” e a “propina na vacina”.
M. V.