O ex-governador Ciro Gomes (PDT) afirmou na segunda-feira (06), em entrevista ao jornal carioca “O Dia”, que as posições defendidas por Bolsonaro sobre a pandemia do coronavírus pode ter como resultado milhares de mortes.
“A atuação de Bolsonaro pode definir o que será a diferença entre dezenas de milhares de mortes por coronavírus, ou centenas de milhares de mortos, podendo chegar a um milhão de óbitos no Brasil”, disse Ciro.
“Esses números”, prossegue o ex-governador, “são estimativas do Imperial College, umas das instituições mais respeitadas do mundo. A partir dessa análise é que os governos do Reino Unido e dos Estados Unidos definem a forma de agir, por exemplo”.
Para ele, os governadores têm agido de forma correta. “O papel dos governadores, de resistência à irresponsabilidade do Bolsonaro, tem sido fundamental para ajudarmos o povo a entender a gravidade do momento, mas também para pressionar o governo federal por mudanças”, destacou.
“Já a atuação de Bolsonaro, fruto da ignorância, do despreparo e do desapego ao povo brasileiro, é um desastre. Por essa razão, o trabalho dos governadores, prefeitos e demais autoridades para proteger a população, tem sido fundamental, inclusive com desobediência civil a atos ou falas do presidente”.
“Para ajudar o Brasil, tenho apresentado propostas e lutado para forçar as autoridades a garantir que se realizem testes massivamente para o coronavírus – não só para os casos de internamento -, importar equipamentos de segurança para os profissionais de saúde, importar respiradores e instalar leitos de UTI que deem conta do número de infectados”, afirmou o líder do PDT.
Ciro alerta ainda para a demora do governo em atender financeiramente a população que precisa de ajuda para que ela possa se proteger ficando em casa e reduzindo o tamanho da pandemia.
“Para a área econômica, defendemos acelerar ao máximo a distribuição da renda mínima através de cartão de débito pela Caixa Econômica Federal e credenciar aquele comércio que só poderá vender se mantiver empregos e salários de seus funcionários”, disse