O presidente da CPI da Covid-19 no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), declarou nesta terça-feira (11), que que vai acionar a Defensoria Pública do Estado do Amazonas para que o órgão represente familiares de vítimas da Covid-19 que acreditaram nos medicamentos sem eficácia contra a doença, incluindo a ivermectina, que é vendida pela Vitamedic, a cloroquina e outros medicamentos do chamado “kit Covid”.
“Senador Randolfe, eu vou pedir à Defensoria Pública do Estado do Amazonas para que as famílias que perderam entes queridos sejam acolhidas pela Defensoria Pública e entrem com um processo de indenização contra as pessoas que induziram os pacientes que faleceram”, declarou.
A comissão tomou, nesta quarta-feira, o depoimento Jailton Batista, diretor-superintendente da indústria farmacêutica Vitamedic, uma das fabricantes do medicamento ivermectina do Brasil.
“A Defensoria precisa entrar com um processo de indenização contra pessoas que induziram os pacientes que faleceram no meu Estado, principalmente na cidade de Manaus, à morte”, declarou Aziz.
“É simples fazer isso. É uma ação em nome dessas pessoas que foram a óbito acreditando nisso, principalmente aqueles que estão com problemas hepáticos por terem tomado medicação em excesso”, acrescentou Aziz.
A posição do senador se deu em razão do depoimento de Jailton Batista que respondia questões sobre o esforço da empresa em revender a ivermectina, bem como em promover publicidade sobre o remédio.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) chegou a mostrar foto de médico da empresa realizando doação do medicamento, e estendeu a recomendação da denúncia com a Defensoria Pública a todos os brasileiros que se sentiram lesados pelo uso da medicação.
