Em assembleia na noite de terça-feira (11), os trabalhadores de bancos públicos e privados de São Paulo, Osasco e região decidiram por unanimidade aderir à Greve Geral do dia 14 (sexta-feira) contra o ataque de Bolsonaro à aposentadoria de milhões de brasileiros.
A mobilização para a greve, organizada pelas Centrais Sindicais e movimentos populares contra a PEC 6/2019, já toma conta de todo o país, com adesão de trabalhadores de diversas categorias.
“O governo e os grandes veículos de comunicação ficam o tempo todo repetindo que essa proposta de reforma tem de ser aprovada porque senão o Brasil vai quebrar. O que eles não dizem é que ela coloca a conta do suposto ‘déficit’ da Previdência nas costas do trabalhador e dos mais pobres. Eles vão manter privilégios, e ao mesmo tempo vão fazer com que os trabalhadores morram antes de se aposentar”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários, Ivone Silva.
Em outras capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre os bancários também vão parar.
Para a presidente do sindicato, além da reforma da Previdência, há outros motivos para a greve, como o número de desempregados, que chegou a 13,2 milhões no 1º trimestre e os cortes da Educação. “Temos ainda 5 milhões de desalentados [quem desistiu de procurar emprego] e 28,4 milhões de subutilizados [que trabalham menos tempo do que gostariam]. E a informalidade avança no mercado pós-reforma trabalhista. Quem nesse país vai conseguir alcançar os 20 anos [mínimos] de contribuição que a PEC 6/2019 determina”, denuncia.