A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, na sexta-feira (26), que as contas de luz de todo o país ficarão mais caras em agosto com a bandeira tarifária vermelha.
Com a aplicação da elevação da bandeira, o consumidor sofrerá um acréscimo de R$ 4 para cada 100 quilowatts/hora consumidos (kWh).
Em julho, a bandeira tarifária em vigor era a amarela, com taxa extra de R$ 1,50 a cada 100 kWh. Em junho, as tarifas estavam com a verde, sem custo adicional para o consumidor.
A Aneel diz que em agosto é necessário elevar ainda mais o preço das contas de luz, porque esse é um mês típico da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) e a previsão de chuvas para o mês é de índices abaixo da média histórica.
“Esse cenário requer o aumento da geração termelétrica, o que influenciou o aumento do preço da energia e dos custos relacionados ao risco hidrológico”, afirma a Aneel.
Composto por bandeiras nas cores verde, amarela e vermelha (patamar 1 e 2), o sistema de bandeiras foi criado para cobrar dos consumidores custos mais elevados na geração de energia elétrica, principalmente pelo uso de termoelétricas.
Em 2018, o aumento nas contas gerados pelo sistema de bandeiras tarifárias arrecadou sozinho R$ 7 bilhões, mas momento algum isso significou redução nas contas de luz.
Vale ressaltar que este sistema não alivia, em momento algum o valor da conta para pelos brasileiros, no máximo, quando a bandeira está na cor verde, não há aumento. Qualquer tipo de redução não existe.
O governo afirma, desde a criação das bandeiras tarifárias, no governo Dilma, que a falta de chuvas e o baixo volume de águas nas hidroelétricas, cria a necessidade de acionar as termoelétricas, uma energia com custo de geração maior, mais elevado e portando mais cara, vinda de carvão e gás, por exemplo, e com elas garantir o abastecimento nas casas e indústria.
Porém não existiu nenhum tipo de planejamento para o setor, nem de investimento em novas geradoras de energia de fontes mais baratas, como as hidroelétricas, ou até mesmo nas fontes renováveis, como solar e eólica.
Para o governo a solução tem sido simples, transmitir ao consumidor este custo mais elevado, mesmo autorizando aumentos na distribuição de energia, realizada em sua imensa maioria, e nas maiores cidades, por empresas privadas.
Ao povo fica o auto custo e baixa qualidade nos serviços e aos empresários grandes lucros.