A Polícia Federal, a mando do Ministério da Justiça, intimou o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSol), a prestar depoimento. A intimação aconteceu com base na Lei de Segurança Nacional (LSN).
Boulos, que é liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), deverá se apresentar à PF na próxima quinta-feira (29).
Para ele, trata-se de “uma perseguição política vergonhosa”.
Jair Bolsonaro também utilizou a LSN para perseguir o youtuber Felipe Neto, que o chamou de genocida.
O caso de Guilherme Boulos começou depois que Jair Bolsonaro disse “eu sou a Constituição”, em paralelo à frase do rei da França, Luís XIV, que falou: “o Estado sou eu”.
Através de suas redes sociais, Boulos lembrou que “a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina…”.
O então ministro da Justiça, André Mendonça, hoje Advogado-Geral da União (AGU), determinou a abertura do inquérito contra Boulos.
“Fui intimado pela PF na Lei de Segurança Nacional por um tuíte sobre Bolsonaro. A perseguição deste governo não tem limites. Não vão nos intimidar!”, disse Guilherme Boulos.
Boulos disse que Bolsonaro tem usado a Lei de Segurança Nacional “para silenciar e censurar opositores”.
“A LSN é um entulho autoritário que já deveria ter sido revogado há muito tempo”, declarou Boulos.