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Ao mesmo tempo que corta verbas da Educação, Jair Bolsonaro tenta subornar deputados para aprovar sua proposta de destruição da Previdência Social. Sem votos suficientes para levar seu plano adiante, o governo está prometendo R$ 10 mi por semestre a parlamentar que se render às suas más intenções.
O governo liberaria a verba para um município de escolha e o parlamentar cooptado apadrinhará a obra. A liberação estaria atrelada ao voto: ou seja, deputados que não votarem pela Previdência não poderão indicar obras em seus municípios.
Segundo parlamentares ouvidos pela Folha de S. Paulo, esse valor seria aumentado a cada semestre chegando a R$ 40 milhões por deputado até 2020, ano das eleições municipais. É o velho “toma-lá-dá-cá”, batizado pelo próprio Bolsonaro de “velha política”.
O valor oferecido a líderes partidários que trouxerem votos de seus deputados é de R$ 80 milhões. O dinheiro seria repassado aos deputados através do direcionamento de verbas do Orçamento.
O documento entregue às bancadas, segundo a Folha, faz referência a um projeto de “Plano de Políticas Públicas – Fase 1/2019”. Os ministérios que poderão enviar recursos para os programas são as pastas da Agricultura, Desenvolvimento Regional, Saúde, Educação e Cidadania.
Dentro de cada ministério, o parlamentar poderá escolher o programa em que alocará as despesas. Na Educação, por exemplo, existem programas de compra de veículos para transporte escolar e reformas e adequação de infraestrutura de escolas.
Dentro de cada ministério, o parlamentar poderá escolher o programa em que alocará as despesas. Na Educação, por exemplo, existem programas de compra de veículos para transporte escolar e reformas e adequação de infraestrutura de escolas.
A última vez que o governo deu vazão à sua “nova política”, deputados denunciaram que a única diferença do governo Bolsonaro para os outros é que eles haviam implantado uma condição para atender aos pleitos. O deputado que quisesse participar do governo tinha que assinar um papel em branco. (Deputados recusam assinar termo de vassalagem em troca de cargos no governo)
“Eles querem que os deputados assinem essas indicações para se comprometerem com a reforma da Previdência”, denunciou á época o deputado Domingos Neto, do PSD, coordenador da bancada do Ceará no Congresso.
“Não aceitaremos cargos até que o governo mude a forma de se relacionar. Nenhum deputado quer assinar nada em troca de comprometimento com a reforma”, afirmou Domingos. “Ninguém vai se comprometer com um tema tão sensível como esse em troca de cargo. Não aceitaremos ‘toma lá, dá cá’”, acrescentou o parlamentar.
Segundo deputados, o governo está tão fraco de votos que tem conversado com parlamentares no “varejo”, em alguns casos passando por cima de líderes das bancadas. O governo precisa de 308 dos 513 votos para a aprovação na Câmara da reforma da Previdência e está muito longe de possuir esse número de votos.
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