Para governador do Maranhão, o Brasil deve impedi-lo de “transformar as Forças Armadas em milícias desse poder que ele exerce.”
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou nesta terça-feira (30) em suas redes sociais, que a troca de ministros do governo Bolsonaro é uma tentativa de fazer uso das FFAA de maneira escusa. “Na verdade, é uma tentativa do Bolsonaro de subalternizar as Forças Armadas para seus intentos delirantes e despóticos”, afirmou o governador.
Dino defendeu que Forças Armadas, Congresso e Judiciário se oponham às tentativas de Bolsonaro de “transformar as Forças Armadas em milícias desse poder que ele exerce.” “É isso que o Bolsonaro quer o tempo inteiro. Ele faz isso com todas as instituições. Por que a raivinha, ódio que ele tem dos governadores? Porque ele não consegue demitir os governadores”, disse. “Porque ele não sabe conviver com o mínimo de pensamento diferente.”
Flávio Dino falou em desagregação no governo e disse que ela não vem de hoje. “Muito grave a desagregação do governo federal, que não vem de hoje. Está mais do que provado que, com Bolsonaro, só haverá instabilidade, agressões e incompetência. Democracia e Constituição são as nossas luzes para vencer essas trevas”, afirmou o líder maranhense.
“Bolsonaro está executando uma grande obra no seu período de “governo”: uma enorme galeria com retratos de ex-ministros. Várias pastas já estão no 3º ou 4º ministro, em dois anos. E quem sofre as consequências de tanta confusão é o Brasil”, declarou o governador.
Ele destacou, em entrevista ao site Antagonista, as diversas trocas e baixas ocorridas desde Bolsonaro assumiu a Presidência da República e disparou: “Isso que estamos vendo hoje é a continuidade do caos. É a instabilidade política em grau máximo porque a bem da verdade, não há comando, não há projeto, não há programa de governo; não há equipe que se sustente no meio dessa confusão permanente”.
O que é triste, avalia o governador, ainda nesta mesma entrevista, “é que quem paga o preço não é, obviamente, o presidente da República. Quem paga o preço é a nação, com esse tipo de desagregação que impede qualquer tipo de continuidade administrativa e, claro, conduz à ineficácia e ao mau funcionamento da máquina administrativa”.