“O ideal é que a imunização comece já a partir de janeiro. Caso contrário, ele vai acabar antecipando politicamente o fim do seu mandato”, alertou o governador do Espírito Santo
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou nesta terça-feira (08) que se Jair Bolsonaro não cumprir suas obrigações para a vacinação começar em janeiro vai antecipar o fim de seu mandato. O governo de São Paulo divulgou na segunda-feira (07) um cronograma com início da vacinação em 25 de janeiro com a CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
“Eu espero que o presidente não fique preso a seu erro, avalie, comande e coordene todo o processo de vacinação. O ideal é que a imunização comece já a partir de janeiro. Caso contrário, ele vai acabar antecipando politicamente o fim do seu mandato. Não estou falando de impeachment, mas de o presidente ficar fragilizado e sem força política até dezembro de 2022”, afirmou o governador.
“De outro lado, se apenas alguns estados decidirem fazer a vacinação por conta própria, por inação do governo, a economia vai piorar, o desemprego vai aumentar, e o Brasil sairá perdendo”, afirmou.
A reação de Casagrande e de outros governadores, como Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco, e outros, está sendo motivada pela inação do governo e pelas atitudes contrárias à vacina do Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com a Sinovac.
O governador do Espírito Santo disse isso pouco antes de se reunir com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello que afirmou que o cronograma do governo prevê vacinação para final de fevereiro ou início de março.
O ministro da Saúde não explicou porque já foi definida a compra de vacinas que ainda não foram aprovadas pela Anvisa, como são os casos da vacina da AstraZeneca e da Pfizer, e, em relação à vacina do Butantan, há a exigência de toda uma tramitação para avaliar se ela será incluída ou não no programa de imunização do governo federal.