O último debate entre os candidatos à prefeitura de São Luís (MA) antes das eleições, realizado nesta quinta-feira (12) pela TV Difusora, teve a ausência de Eduardo Braide (Podemos), e também de Duarte Junior (Republicanos), afastado por infecção da Covid-19.
Neto Evangelista, candidato pelo Democratas e terceiro colocado nas últimas pesquisas, enfatizou que Braide fugiu do debate para não dar explicações sobre a investigação movida pelo Ministério Público Federal contra ele por suposto desvio de recursos públicos.
“Lamento muito a ausência do candidato Eduardo Braide que já fugiu de dois embates comigo essa semana, e hoje foge novamente, desde que foi noticiado pela Folha de São Paulo que ele era investigado pelo Ministério Público Federal por desvio de recursos públicos. Isso me intrigou muito porque sustentou rotineiramente que não era investigado. Resolvi buscar, através da Lei de acesso à informação, uma certidão do Ministério Público e postei, nas minhas redes sociais, provando que o candidato Eduardo Braide mente e é sim investigado por desvio de recursos públicos pelo Ministério Federal”, disse Neto durante as apresentações dos candidatos.
Em suas redes sociais, Braide disse que não participou porque “querem continuar com a campanha de mentiras, de ataques, de baixarias”.
Participaram, além de Neto Evangelista, Yglésio Moyses (PROS), Bira do Pindaré (PSB), Franklin Douglas (PSOL), Rubens Junior (PCdoB) e Jeisael Marx (Rede Sustentabilidade).
Segundo a reportagem da Folha, em documento de 2019, o procurador Ronaldo Meira de Vasconcellos Albo classifica Braide como investigado em um despacho do desembargador Olindo de Menezes (do TRF-1). A suspeita é de crime de corrupção que teria ocorrido entre os anos de 2011 a 2014, quando o candidato era deputado estadual. “Descobrimos que Braide constituiu advogado para defendê-lo em processo que ele diz não existir. Sua máscara caiu”, afirmou o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA).
Nessa semana, Braide acionou a Justiça para que a reportagem fosse retirada do ar, o que foi acatado pela juíza Cristiana de Sousa Ferraz Leite, da 76ª Zona Eleitoral do Maranhão. O jornal afirmou que irá recorrer. “A censura é intolerável, e vamos tomar providências para que a decisão seja revista”, disse Luís Francisco Carvalho Filho, advogado da Folha.