Deputado Lincoln Portela (PL-MG) venceu com 232 votos com apoio da bancada evangélica
O deputado Lincoln Portela (PL-MG) venceu com 232 votos a eleição para novo vice-presidente da Câmara no lugar do deputado Marcelo Ramos (PSD).
O parlamentar foi o candidato oficial do PL na disputa, escolhido pela bancada.
Com apoio da bancada evangélica, Portela derrotou o deputado Vitor Hugo (GO), nome preferido de Bolsonaro, na eleição interna da bancada, e se tornou candidato oficial da sigla.
Sem apoio da bancada, Vitor Hugo acabou nem se candidatando avulso como se esperava. Outra bolsonarista de carteirinha, Carla Zambelli também ensaiou colocar seu nome na bancada, mas desistiu para apoiar Hugo.
Na eleição desta quarta-feira (25), Lincoln venceu outros quatro candidatos do partido de Bolsonaro para o cargo, entre eles a ex-ministra Flavia Arruda (DF), que ficou na segunda posição, com 83 votos. Ela tinha o apoio do Planalto, especificamente do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Ainda na disputa pela vice, em terceiro lugar ficou Bosco Costa (SE), com 40 votos, seguido do Capitão Augusto (SP), com 40, e, por último, Fernando Rodolfo (PE), com 11.
Para a segunda secretaria da Câmara, Odair Cunha (PT-MG) venceu com 325 votos e, para a terceira secretaria, Geovania de Sá (PSDB-SC) venceu com 380.
A eleição para os três cargos da Mesa da Câmara foi convocada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), após tirar Marcelo Ramos da vice-presidência, que era crítico do governo Bolsonaro.
Lira alegou, para tomar a medida, a mudança de partido dos parlamentares desde que foram eleitos para a direção da Casa, embora já houvesse precedente em que deputados mantiveram seus cargos na Mesa após trocar de partido, como na gestão de Eduardo Cunha (MDB-RJ).
Arthur Lira (PP-AL) anunciou uma nova eleição para decidir os três cargos da Mesa Diretora após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), reconsiderando uma decisão de abril que mantinha Marcelo Ramos no cargo e afirmando que a eleição para a Mesa é um assunto interno da Câmara.
Marcelo Ramos deixou o PL após a entrada de Bolsonaro no partido e foi para o PSD. Marília Arraes, que era segunda secretária, trocou o PT e foi para o Solidariedade. Rose Modesto (MS), terceira secretária, deixou o PSDB e foi para o União Brasil.
O partido de Bolsonaro se dividiu e houve uma disputa interna que resultou na derrota de Vitor Hugo, apoiador de Bolsonaro.