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As centrais sindicais divulgaram uma nota, nesta terça-feira (24), repudiando “veementemente” as demissões na General Motors (GM) de São José dos Campos, Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul, em São Paulo, ocorridas no último sábado (21). As centrais afirmam que apoiam a greve unificada por tempo indeterminado, iniciada na segunda-feira (23), e pedem o cancelamento dos cortes.
De acordo com as centrais, além de demitir os trabalhadores por e-mail e telegrama, a montadora “descumpriu acordos de layoff firmados com os sindicatos, que garantiam a estabilidade no emprego para todos das duas plantas e que, em São Caetano do Sul, a empresa realizou os cortes de maneira unilateral, sem prévia negociação”.
“A montadora alega queda nas vendas, mas, contraditoriamente, registrou aumento de 18,18% nas vendas brasileiras entre abril e junho de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado, obtendo lucro líquido de 2,57 bilhões de dólares (R$ 12,94 bilhões), um aumento de 51,6% na comparação anual”, afirmam as centrais sindicais.
As entidades denunciam ainda que demissão coletiva sem negociação prévia com os sindicatos, “contraria a legislação nacional” e que, “os cortes realizados pela GM no Estado de São Paulo são injustificáveis”.
No documento, as centrais relatam que, para reverter as demissões, os Sindicatos dos Metalúrgicos das três cidades estão buscando negociação com a montadora e “reivindicam intervenções imediatas do Governo Federal, do Ministério do Trabalho, do Governo do Estado de São Paulo e do Ministério Público do Trabalho”.
Assinam a nota os presidentes Sérgio Nobre, da CUT (Central Única dos Trabalhadores); Miguel Torres, da Força Sindical; Adilson Araújo, da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); Ricardo Patah, da UGT (União Geral dos Trabalhadores); Moacyr Roberto Tesch Auersvald, da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores); Antonio Neto, da CSB, (Central dos Sindicatos Brasileiros); José Gozze, da PÚBLICA, Central do Servidor, e Atnágoras Lopes, secretário executivo Nacional da CSP-Conlutas; Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, e Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora.