A Controladoria Geral da União (CGU) multou em R$ 1,9 milhão a empresa golpista que foi contratada por Braga Netto na intervenção federal no Rio de Janeiro, em 2018.
A CTU Security LLC, sediada em Miami, nos Estados Unidos, foi contratada, por mais de R$ 40 milhões, para entregar 9 mil coletes à prova de bala.
Segundo o blog de Andréia Sadi, no g1, a compra foi feita sem licitação e gerou um prejuízo de R$ 4,6 milhões aos cofres públicos.
O contrato foi firmado no dia 31 de dezembro de 2018, último dia da intervenção, com autorização de Braga Netto e, segundo a CGU, foi superfaturado. O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu o contrato e determinou o estorno dos valores.
A CTU Security LLC agora está proibida de fechar novos contratos com o poder público.
Ela foi multada em R$ 1,8 milhão, valor referente a 5% do contrato, mais R$ 133 mil, equivalentes a 9,5% de seu faturamento.
O ministro Vinicius Carvalho, da Controladoria-Geral da União, afirmou que o documentos apresentados pela empresa norte-americana “indicando que era fabricante autorizada dos modelos de coletes da AFCI (fabricante americana), não possuem qualquer validade”.
“O presidente desta empresa afirmou categoricamente que os documentos foram gerados de forma fraudulenta, verificou-se que sua assinatura que consta no site oficial da empresa é totalmente diferente das assinaturas dos documentos apresentados pela acusada”.
Braga Netto, que mais tarde foi ministro de Jair Bolsonaro e seu candidato a vice-presidente, teve seu sigilo telefônico quebrado nas investigações sobre o contrato fraudulento.
Nenhum colete foi entregue.