O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Dr. Anthony Fauci, afirmou que “se olharmos a evolução do vírus nos morcegos, as provas científicas vão fortemente na direção de que o vírus não poderia ter sido manipulado artificialmente ou deliberadamente. Olhando a evolução no tempo, tudo indica fortemente que esse vírus evoluiu na natureza e depois mudou de espécie”, assinalou em uma entrevista à revista National Geograpich.
A declaração do especialista aconteceu na terça-feira, 5 , depois do secretário de Estado Mike Pompeo voltar a desacreditar a informação da Organização Mundial da Saúde, OMS acerca da origem do vírus. A campanha contra a OMS tem sido encabeçada pelo próprio Trump, que a atacou abertamente e à qual suspendeu o financiamento norte-americano.
O secretário insistiu na acusação de que o governo chinês ocultou informação e assegurou que seu governo tem uma “enorme quantidade de provas” de que o novo coronavírus se originou em um laboratório do país asiático.
“Ele falou muito nos últimos dias. Diz ter enormes provas? Que as mostre. Pompeo não pode apresentar evidências porque ele não as têm. A origem da Covid-19 é uma questão para cientistas e especialistas”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China , Hua Chunying.
E, com 1.214.572 casos de Covid-19 confirmados e quase 72.000 óbitos, o presidente Donald Trump assinalou na terça-feira (5) que a força-tarefa de combate ao coronavírus do governo seria encerrada até junho. De acordo com o presidente, seria hora de se concentrar na segurança e em “reabrir o país”.
O modelo de previsão da evolução da pandemia elaborado pelo Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde (IHME) da Universidade de Washington, consultado frequentemente pela Casa Branca, atualizou, no dia 5, seus cálculos para prognosticar que a crise deverá deixar mais de 134.000 mortes nos EUA até 4 de agosto.