As primeiras 120 mil doses da vacina contra o novo coronavírus CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, chegaram na manhã desta quinta-feira (19) em São Paulo, um dia antes da data prevista.
“É um marco muito importante diante de uma pandemia que já levou a vida de mais de 166 mil brasileiros. Nós temos, agora, a chegada da vacina, que mediante a autorização final da Anvisa vai ajudar a salvar vidas. Torcemos, evidentemente, por outras vacinas também. Acreditamos que quanto mais vacinas aprovadas para salvar vidas, mais brasileiros estarão sendo salvos mais rapidamente”, afirmou João Doria (PSDB), governador de São Paulo, responsável pela acordo com o laboratório chinês Sinovac.
A CoronaVac está em sua última fase de testes, onde é medido o nível de eficiência da vacina, no Brasil. O governo de São Paulo firmou acordo para a compra de 46 milhões de doses e para a transferência de tecnologia para o Instituto Butantan.
Este lote é o primeiro de um total de 6 milhões de doses que vão chegar até o fim do ano. Junto com ele, ainda virá matéria-prima para produzir mais 40 milhões de doses, dentro do próprio Butantan. O custo total do contrato é de 90 milhões de dólares.
As doses da vacina já estão prontas para uso assim que o imunizante for registrado e autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Isso só pode ocorrer após a conclusão dos testes da CoronaVac, que estão atualmente na terceira fase. Os resultados são previstos pelo governo de São Paulo para o fim deste ano.
Cerca de 13 mil voluntários já receberam ao menos uma das doses da vacina ou do placebo.
Em um estudo revisado por pares publicado na terça-feira, 17, na prestigiada revista The Lancet, foi apontado que a CoronaVac é segura e foi capaz de criar anticorpos em 97% dos 700 voluntários que participaram da fase de testes 1 e 2 na China.
Na mês passado, o Butantan revelou dados preliminares da terceira fase de testes da CoronaVac, que apontaram o alto grau de segurança do imunizante Menos de 35% dos voluntários tiveram algum tipo de efeito colateral, e a maior parte foi apenas de uma dor no local da aplicação.