Na CPI da Pandemia, o diretor do Butantan, Dimas Covas, provou com documentos que o governo ignorou oferta de 60 milhões de doses da CoronaVac
O partido Cidadania23 entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR), na sexta-feira (28), contra Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por prevaricação e improbidade administrativa no enfrentamento da pandemia ao ignorarem uma oferta de 60 milhões de doses da Coronavac, imunizante fabricado em parceria com a chinesa Sinovac, em julho de 2020.
A representação toma como base no depoimento do diretor-presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, à CPI da Covid, na quinta-feira (27).
O diretor do Butantan apresentou à comissão documentos comprovando a oferta de 60 milhões de doses da Coronavac, com as primeiras entregas previstas ainda para dezembro.
“Caso venham a se confirmar tais informações, é plausível cogitar-se do crime de prevaricação, cabendo invocar aqui a possível caracterização de uma omissão penalmente relevante. Além disso, pode estar caracterizada, também, a prática de ato de improbidade administrativa, na medida em que teriam deixado de praticar, indevidamente, ato de ofício”, diz trecho do documento.
O presidente do Cidadania, Roberto Freire, que assina a representação, observa que milhares de vidas poderiam ter sido salvas. Conforme Dimas Covas, houve ainda uma proposta de 100 milhões de doses, feita em outubro, igualmente sem resposta.
“Estamos contando já quase meio milhão de mortos na expectativa de uma terceira onda ainda mais mortal. É criminoso que não tenhamos vacinas agora porque o governo simplesmente ignorou as ofertas. O momento exige que os homens públicos estejam à altura de sua responsabilidade. Espero que Augusto Aras cumpra o seu papel constitucional. Cada morte a mais hoje é resultado da desídia governamental e torna os crimes de Bolsonaro continuados”, afirma Roberto Freire.
Com informações do Cidadania
se nem mesmo a OAB, STF, Congresso, CPI, FFAA e uma oposiçao inerte e covarde conseguem parar a besta que ocupa o Planalto, muito menos a PGR onde um capacho(aras) defende os interesses do chefe(bozo).