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“Com milhões de recursos públicos envolvidos”, disse o candidato a presidente do PDT, acrescentando: “um presidente da República colocar um empresário picareta [referência a Luciano Hang, dono da Havan], investigado da Justiça ao seu lado, e deixando o presidente de Portugal de lado”
O ex-governador do Ceará e candidato a presidente, Ciro Gomes (PDT), denunciou Bolsonaro por descaracterizar o 7 de setembro, nos 200 anos da Independência, e transformá-lo em comício eleitoral.
Ciro afirmou que um “presidente imbecil e criminoso” transformou um ato cívico em um comício com milhões de recursos públicos envolvidos.
Ciro fez uma live em Ouro Preto, cidade histórica de Minas Gerais. “Aqui nasceu o grito mais sacrificado de construção da Independência do Brasil”, disse.
“Se nós estamos comemorando hoje os 200 anos de soberania é por que brasileiros como Tirandentes, Cláudio Manoel da Costa foram sacrificados, deram a sua vida para construir essa nação independente que o mundo inteiro admirava e que vai voltar a admirar eu tenho certeza”, disse o ex-governador.
Ciro continuou dizendo que ficou “aliviado” pelo dia não ter sido manchado diante das ameaças de violência saídas “da própria boca do Bolsonaro, esse boçal que infelizmente assumiu a Presidência do Brasil”. “Ficamos com medo do que é que ia acontecer nesse 7 de setembro”.
Ciro declarou que, apesar de aliviado, não podia “deixar de confessar uma profunda tristeza de ver como essa gente está apodrecendo a nação brasileira”, em referência ao governo de Bolsonaro. “Nunca vi uma promiscuidade, uma falta de vergonha, uma falta de compostura, uma falta de honra, tão extensas no centro do poder brasileiro”.
“Nós assistimos a um presidente da República colocar um empresário picareta [referência a Luciano Hang, dono da Havan], investigado da Justiça do seu lado, e deixando o presidente de Portugal, a nação irmã que tem tudo a ver com esses 200 anos da nossa independência, que veio e atravessou ao Atlântico para homenagear o povo brasileiro, foi colocado de lado. Uma verdadeira agressão diplomática, que bota um empresário picareta, investigado pela Justiça, sonegador bandido, ao lado do presidente do Brasil. O vice-presidente da República [Hamilton Mourão] também colocado de lado”.
“Em seguida, militares fardados, com as suas condecorações, com uniforme de gala, misturando-se com (…) patetas de um presidente imbecil e criminoso, como é o Bolsonaro, transformar um ato cívico, uma solenidade cívico-militar, num comício com milhões de recursos públicos envolvidos”, acrescentou.
O candidato do PDT também criticou a comparação entre primeiras-damas feita por Bolsonaro em Brasília. “Ver o presidente da República com termos chulos, fazer uma comparação absolutamente estúpida, grosseira, da estética da sua mulher com a mulher dos seus adversários”, disse. Além disso, puxou coro com seus apoiadores usando o termo “imbrochável, imbrochável…”
Ciro enfatizou que terminava o dia aliviado “porque temíamos que a irresponsabilidade do Bolsonaro pudesse acender um rastilho de agressão, de radicalismo, que descambasse para a violência”.
O ex-governador cobrou que os atos de Bolsonaro sejam investigados. “Tribunais será que estão à altura da grandeza do momento histórico? Será que existe lei no Brasil?”.