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Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI) deixa a contenda nacional na reta final e vai cuidar da disputa no Piauí, cuja ex-mulher, deputada Iracema Portela (PP) é candidata a vice na chapa de Sílvio Mendes
A campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) vai sofrer uma baixa com a saída do coordenador de campanha, ministro da Casa Civil, senador licenciado Ciro Nogueira (PP-PI).
Ele vai tirar férias do Ministério até o dia 2 de outubro, quando ocorre o primeiro turno. O ministro vai fazer o pedido ao chefe para atuar na campanha da ex-mulher, deputada Iracema Portella (PP), que é candidata a vice na chapa de Sílvio Mendes (União Brasil) ao governo do Estado do Piauí.
A saída é reflexo do desânimo que tem tomado conta das hostes da campanha bolsonarista.
Lá, a disputa é com o PT, que há anos dirige o Estado. O ex-governador Wellington Dias (PT) é o franco favorito para a vaga ao Senado.
DISPUTA AO GOVERNO
Segundo pesquisa Datamax, realizada entre 13 e 18 de setembro, o candidato a governador Rafael Fonteles (PT) tem 40,75% de intenções de voto. O candidato de Ciro Nogueira, Sílvio Mendes aparece com 35,55%.
Para o Senado, ainda segunda a Datamax, Wellington Dias lidera a contenda com 43,10% de intenções de voto, contra Joel Rodrigues (PP), que está bem atrás, com 23,55%.
SEM ASSOCIAÇÃO COM BOLSONARO
Segundo o blog de Andreia Sadi, a campanha de Sílvio Mendes tentou não ser associada a Bolsonaro, mesmo com a vice sendo do PP e com vínculo a Ciro Nogueira.
O argumento é que o presidente possui candidato local: Coronel Diego Melo, do PL.
LARGA DIANTEIRA DE LULA
Segundo pesquisa Ipec, de 13 de setembro, para o Piauí, Jair Bolsonaro possui 20% das intenções de voto na disputa nacional, enquanto Lula soma 61%.
Mais do que as pesquisas, a situação no Piauí é inusitada: Sílvio Mendes foi proibido pela Justiça eleitoral de associar a campanha dele à imagem de Lula, justamente o principal adversário de Bolsonaro na eleição presidencial.
A decisão da Justiça ocorreu em 2 de setembro e a campanha de Silvio Mendes alegou que não confeccionou qualquer peça com a imagem de Lula e que os santinhos foram “feitos por um prefeito, que pagou do próprio bolso para fazer essa divulgação”.
M. V.