O ex-governador e vice-presidente do PDT, Ciro Gomes, afirmou em discurso na manifestação da Avenida Paulista que o ato deste domingo (12) “é só o começo”, porque “hoje aqui na Avenida Paulista, o povo brasileiro está levantando a mais poderosa das espadas, que é a espada da união do povo contra a ditadura”, acrescentou.
Ciro agradeceu o convite para participar da manifestação, destacando sua satisfação por estar junto de lideranças que “pensam diferente de mim, que acredita em outro mundo diferente do meu, mas que aposta que a liberdade e o direito do povo se organizar e construir seu futuro não pode ser subtraído por um projeto de tiranete, o mais covarde que eu já vi na minha vida”.
Inicialmente os atos estavam sendo convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua, mas os violentos ataques às instituições da República, as ameaças abertas à democracia por parte de Bolsonaro, no 7 de Setembro, e as arruaças feitas na esplanada e nas estradas brasileiras por caminhões de algumas empresas ligadas ao agro, transformaram os atos do domingo, dia 12, em amplas manifestações democráticas contra o fascismo.
“Nós somos diferentes, temos histórias diferentes, temos caminhadas diferentes, temos olhar sobre o futuro do Brasil, provavelmente muito diferentes. Mas o que nos reúne é o que deve reunir toda nação civicamente sadia. É a ameaça da morte da democracia e do poder da nação brasileira, conquistada com duros sacrifícios”, ressaltou.
Ciro dedicou seu pronunciamento às “quase 600 mil famílias enlutadas pela Covid e pela irresponsabilidade genocida de um mal presidente e uma péssima equipe”.
“Às 15 milhões de pessoas que amanheceram desempregadas, aos seis milhões de brasileiros que desistiram de procurar emprego”.
“Aos quase 40 milhões de brasileiros que vivem na mais precária condição de trabalho sem nenhum direito, sem salário mínimo, sem férias, nem a proteção da velhice quando chegar a doença e a idade”, prosseguiu o ex-governador.
“Essa é a minha razão moral superior de amar o Brasil e de correr qualquer risco, de assumir qualquer contradição, para defender o povo trabalhador brasileiro e a nossa democracia”.
“Uma palavra é muito simples: Fora Bolsonaro é impeachment já!”, concluiu Ciro.