“Não pense, portanto, que com a venda de Eletrobrás vai ter luz mais barata, nem mais qualidade na energia que chega na sua casa, no seu negócio ou na sua indústria”, disse o presidenciável do PDT
O pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, afirmou que a privatização da Eletrobrás será um crime contra o país.
“A venda da Eletrobrás é um crime contra o Brasil. Um golpe contra nosso patrimônio e soberania – que não vai melhorar a vida dos brasileiros! Não podemos deixar que piratas saqueiem as riquezas nacionais”, escreveu o pedetista no Twitter.
Após a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que na quarta-feira (18) deu o aval final ao processo de venda da companhia, o ex-governador do Ceará alertou que o processo de privatização em curso representa um novo ataque de Jair Bolsonaro à soberania nacional.
Em um vídeo postado na rede social, Ciro destacou que “há muitos mais erros e crimes nesta operação, que é uma das mais desastradas e prejudiciais de toda a nossa história”.
“Perda de soberania sobre os mananciais hídricos mais importantes do mundo. Você acha certo? Entrega a grupos privados internacionais da água que nós bebemos e onde os animais e as lavouras se abastecem. Você acha isso inteligente?”, questionou o presidenciável. “É isso o que está acontecendo com a privatização criminosa da Eletrobrás”, completou.
O ex-ministro denunciou que o governo federal foi “incompetente e criminoso” na formatação do modelo de privatização e vai colocar a estatal à venda em um momento em que as condições de mercado são as mais adversas. Ou seja, com a pulverização de ações e a dissolução do controle, a participação da União será reduzida de 72% para apenas 45%.
“Não pense, portanto, que com a venda de Eletrobrás você vai ter luz mais barata, nem mais qualidade na energia que chega na sua casa, no seu negócio ou na sua indústria”, disse.
Ciro Gomes ressaltou ainda, que a companhia tem uma posição estratégica na retomada do desenvolvimento do país e conclamou o país a ir à luta em defesa da empresa.
“Se nós lutarmos juntos, vamos conseguir reverter tudo isso, além de punir duramente os espertalhões que estão enricando com a destruição do nosso patrimônio público. É preciso interromper a venda da Eletrobrás. Não apenas pelo que já dissemos, mas também porque ela é o ensaio da venda da Petrobrás, a nossa joia mais rara”, assinalou.