“Eu não me ancoro em nenhuma candidatura presidencial”, disse o candidato do DEM. Crivella está em segundo lugar com 21,9% dos votos
Com 95,2% dos votos apurados no Rio de Janeiro, o candidato Eduardo Paes (DEM) lidera a eleição para a Prefeitura com 37% dos votos válidos, seguido pelo atual prefeito, o bispo da Igreja Universal Marcelo Crivella (Republicanos), candidato de Bolsonaro, com 21,9%.
Em terceiro lugar, aparecem a ex-governadora Benedita da Silva (PT) e a delegada Martha Rocha (PDT), ambas com 11,3% dos votos.
Crivella já não vinha sendo bem avaliado pela população do Rio. Aliás, todas as pesquisas apontavam, sempre, mais de 50% de rejeição – isto é, de eleitores que não votariam nele sob hipótese alguma. A aproximação e o apoio de Bolsonaro, principalmente com a adesão de Crivella ao descaso e o obscurantismo em relação à pandemia de Covid-19, acabou aumentando ainda mais a rejeição ao seu governo. Seu índice de rejeição nas pesquisas é o maior de todos e chega a 62% dos eleitores cariocas.
Vendo que seu candidato no Rio fazia água, Bolsonaro tentou sair pela tangente e dizer que não se importava se o eleitor não votasse em Crivella. Foi a forma oportunista encontrada por ele para evitar amargar mais uma derrota. Uma forma, aliás, inútil, sobretudo quando a derrota se estendeu a praticamente todas as capitais do Brasil.
Porém, na reta final da disputa, Bolsonaro tentou envolver Eduardo Paes com elogios interesseiros. “Paes é um grande administrador”, disse ele, em sua live.
O candidato do DEM percebeu o jogo – aliás, muito tosco – de Bolsonaro e rejeitou esse apoio, muito parecido com aquele que os vampiros proporcionam aos que querem transformar em outros mortos-vivos.
S.C.