Washington está com seu arsenal nuclear, há 60 anos na Europa, e hoje inclui nessa presença Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda e Turquia. Embaixador da Rússia denuncia a hipocrisia da reclamação da Casa Branca no momento em que esta prepara envio de armas à base de urânio depletado para a Ucrânia
Há 60 anos os EUA mantêm armas nucleares táticas em cinco países europeus não-nucleares – Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda e Turquia -, afirmou o embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov, sobre a rematada hipocrisia dos EUA contra o anúncio desta semana da Rússia de que irá posicionar armas nucleares táticas na Bielorrússia.
O próprio presidente Putin, ao fazer o anúncio, fez questão de esclarecer que a Rússia ao transferir artefatos nucleares para a Bielorrússia, “está fazendo o que os EUA vêm fazendo há décadas”.
Sobre tanto cinismo dos EUA, o embaixador Antonov lembrou um ditado popular, “se seu rosto ficou torto, não culpe o espelho”.
O nível de desfaçatez é tal que a Polônia, que no ano passado ofereceu publicamente a Washington seu território para posicionar armas nucleares, agora acusa Moscou e Minsk.
Nos dias que precederam a decisão russa, revelou o envio de munição de urânio depletado para os tanques que está fornecendo ao regime de Kiev. O que a Rússia considerou como ameaça de uso de uma “bomba suja”, que contamina radioativamente o meio ambiente e causa câncer e defeitos teratogênicos em recém-nascidos, efeito já provocado anteriormente pela Otan na Iugoslávia e no Iraque. O regime de Kiev divulgou imagens de seus soldados, em solo britânico, sendo treinados para isso.
