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Economistas e juristas manifestaram apoio ao presidente Josué Gomes, além de Luciano Huck, Paulo Hartung, Lara Resende, Antonio Fagundes, Kondzilla, Laís Bodanzky, Luciana Guimarães, Preto Zezé e outras personalidades
No último sábado (21), os membros do Conselho Superior de Economia Criativa da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), que incluem o apresentador Luciano Huck e o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, divulgaram uma carta em defesa do presidente da Fiesp, o empresário Josué Gomes da Silva.
Na carta, os conselheiros repudiaram “veementemente quaisquer tentativas de afastá-lo da presidência da entidade”. Eles afirmam ainda que “defender a Democracia e resgatar a importância política da Fiesp no debate público, coisas que o senhor tem feito com tanta competência, deveriam ser motivo de honra e aplauso de todos os membros da entidade. O que mais precisamos nesse momento no Brasil é pacificar e dialogar com toda a sociedade e testemunhamos seu empenho nessa direção”, diz a carta do grupo enviada a Gomes da Silva.
Assinam o documento: o apresentador de TV Luciano Huck, o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, Elizabeth Machado, Adriana Barbosa, Alan Adler, Ale Yousseff, Antonio Fagundes, Elisabetta Zenatti, Fernanda Feitosa, Kondzilla, Laís Bodanzky, Luciana Guimarães e Preto Zezé.
O Conselho Superior Jurídico da Fiesp também se manifestou em defesa de Josué Gomes da Silva. As 54 pessoas que integram o órgão “manifestam sua preocupação com as tentativas de sua deposição da presidência da Fiesp por alegações fúteis que parecem ocultar propósitos de mera disputa de poder, em violação de mandato estatutário”, diz o trecho da carta.
Os juristas expressaram no documento o seu apoio ao empresário, “de quem só receberam palavras, gestos e exemplos de fé nas instituições, de crença na liberdade e na livre iniciativa e de atuação socialmente responsável, sempre em defesa dos interesses da indústria e do Brasil”.
Outra manifestação veio do Conselho Superior de Economia da Fiesp, que entre os signatários estão: André Lara Resende, o atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, Andrea Calabi, Júlio Sérgio Gomes de Almeida, Mário Bernardini, além do presidente do conselho, José Roberto Ermírio de Moraes, e dois vice-presidentes do comitê, Dan Ioschpe e Marcos Antonio De Marchi, entre outros.
“Repudiamos veementemente quaisquer tentativas de afastá-lo da presidência da entidade. Preferências políticas, uma vez que não existem motivos minimamente fundados para destituição, não encontram respaldo nos estatutos da FIESP. Trata-se de ardil com o qual não compactuamos”, afirmaram os economistas.
“Após a assembleia realizada no dia 17 deste mês pela oposição, que destituiu o presidente da Fiesp e deu posse a Elias Miguel Haddad, vice-presidente, o empresário Josué Gomes da Silva continua no exercício pleno de suas funções, conforme determinam os estatutos vigentes”, divulgou a Fiesp em nota, na quinta-feira (19). No dia seguinte, Josué Gomes classificou a votação feita por seus opositores como “clandestina” e afirmou que “os responsáveis sofrerão consequências administrativas, trabalhistas e eventualmente em outras esferas” pela “ilegalidade dos atos praticados”.
Ele afirmou ainda que “tal atitude isolada, desproporcional, irresponsável, acaba por provocar riscos econômicos, jurídicos e trabalhistas em nossa entidade, o que deve ser formal e veementemente coibido, o que faço desde já nesta notificação, tornando sem efeito toda e qualquer deliberação tomada em minha ausência”, declarou Gomes por meio de memorando direcionada a diretores e funcionários.
Pelo que se sabe até a última sexta, a ata da assembleia que destituiu Gomes do alto comando da Fiesp ainda não havia sido registrada em cartório, o que, formalmente, impede a judicialização do caso.
De acordo com o advogado de defesa de Josué Gomes, o jurista Miguel Reale Júnior, “não há dúvida quanto à absoluta ilegalidade” da assembleia. Segundo Reale, Josué foi destituído da presidência porque lançou um manifesto em defesa da Democracia. O jurista considerou a decisão “um golpe”.
O manifesto da Fiesp foi lançado junto à “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de direito”, ambas lidas no ato no dia 11 de agosto do ano passado na Faculdade de Direitos da USP, com a participação de centenas de lideranças políticas, juristas, acadêmicos, estudantes, artistas e personalidades brasileiras de diversos setores.