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O Consórcio de Governadores do Nordeste entregou, nesta sexta-feira (21), à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Avisa) o documento que faltava para análise da Sputnik V, vacina contra Covid-19 do Instituto Gamaleya, da Rússia, produzida no Brasil pelo laboratório farmacêutico União Química.
O relatório técnico com dados sobre qualidade e eficácia da vacina foi protocolado pela Procuradoria-Geral da Bahia.
“Diante da urgência de imunização da população brasileira, com o incremento incessante do número diário de contaminados e mortos (já alcançado o trágico total de 446.403 mortes), e da chegada comprovada da nova cepa indiana no país e no Nordeste, de ainda maior letalidade, pleiteamos a imediata análise do pleito, no prazo de 07 (sete) dias, sob pena de maiores atrasos na importação, distribuição e aplicação da vacina, única medida eficaz para o controle da pandemia”, escreveu a Procuradoria no ofício de entrega do material.
O novo relatório também será levado pelos governadores ao Supremo Tribunal Federal, para pedir agilidade na análise dos dados pela Anvisa.
“O relatório técnico é o último documento que faltava, conforme resposta aos Estados e STF, na determinação do ministro Ricardo Lewandowski. Agora o que esperamos é o cumprimento da Lei 14.124/21 e juntamos ainda o estudo e posição favorável à liberação da importação e uso da vacina, por preencher requisitos internacionais de Segurança, eficácia na imunização e qualidade, pelo Comitê Científico Nordeste e cientistas do Brasil”, disse o governador Wellington Dias.
A Anvisa confirmou O Globo que recebeu a documentação enviada pelos governadores, mas mais uma vez não demonstrou boa vontade em trazer mais uma vacina para o país e fez questão de destacar que precisa analisar se o novo relatório técnico contém todos os dados que comprovem a segurança, a qualidade e a eficácia da vacina que exigiu para autorizar a importação e o uso emergencial do imunizante.
Outros documentos já foram apresentados pelo Consórcio do Nordeste, mas, segundo a agência, não continham todas as informações exigidas.
Em abril, a Anvisa negou a autorização para importar a vacina, sob a alegação de que havia riscos de segurança para quem tomasse, mesmo a vacina já tendo sido aprovada em 66 países.
Os governadores fizeram, então, um novo esforço junto ao Ministério da Saúde da Rússia e ao Instituto Gamaleya para levantar os novos documentos exigidos pela Anvisa, para que a Sputnik V possa chegar ao braço dos brasileiros.