Os técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontaram que a prestação de contas da campanha de Bolsonaro apresenta pelo menos 23 “inconsistências”. O parecer emitido na segunda-feira (12) pede um prazo de três dias para que o presidente eleito apresente as notas fiscais, contratos e detalhamentos que estão faltando.
O PSL apresentou a prestação de contas ao TSE na sexta-feira (9) e o caso foi colocado como prioridade na análise e julgamento da Corte. De acordo com a prestação, foram arrecadados R$ 4,377 milhões e gastos R$ 2,812. Segundo o corpo técnico do TSE, na análise “foram observadas inconsistências”.
O grosso dos recursos da campanha de Bolsonaro foi arrecadação online, “financiamento coletivo”. Porém, como demonstra o relatório, não foi apresentado contrato com a empresa Aixmobil Serviços e Participações Ltda., que gerenciou a os R$ 3,5 milhões arrecadados.
Em seu lugar, a empresa AM4 Brasil Inteligência Digital ficou responsável pelo valor e foi colocada pelo PSL como plataforma oficial de doação. “Acontece que a empresa AM4 não realizou cadastro prévio no TSE para prestar serviços de arrecadação por meio de financiamento coletivo”, contesta o parecer técnico.
Os técnicos pediram para que o TSE notifique Bolsonaro para que sejam apresentadas as despesas detalhadas com serviços de mídia, contábeis e advocatícios.