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Os trabalhadores dos Correios aprovaram a proposta de acordo salarial, intermediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), com reajuste pela inflação integral, medida pelo INPC, na data-base de 1º de agosto, o que representa uma reposição de 10,12%.
O acordo, aprovado em assembleias lideradas pela FINDECT e sindicatos em todo o país, “traz avanços importantes, embora não contemple tudo que a categoria reivindicava”, conforme avalia a direção do SINTECT-SP.
“Antes de tudo é preciso destacar que as Diretorias do SINTECT-SP e da FINDECT acertaram em cheio ao chamar a mediação do TST. Os prepostos do general vieram para a negociação com a mesma postura dos últimos 4 anos do atual governo. Queriam tirar ainda mais do que tiraram da categoria durante a pandemia e rebaixar ainda mais os salários”, afirma o sindicato.
Segundo o sindicato, a conjuntura em que se deu a campanha influenciou muito no resultado.
“A proximidade da eleição e a rejeição do governo também foram fatores da baixada de bola governamental e do fortalecimento da categoria, que resultou em alguns avanços. Essa constatação deve servir para a categoria entender que o momento é propício para atuar e aprofundar a rejeição do governo, que por 4 anos buscou destruir os Correios e outras estatais e acabar com direitos dos trabalhadores, para favorecer os empresários e ampliar seus lucros”, afirma em nota o SINTECT-SP.
As principais pautas aprovadas foram reposição salarial de 100% da inflação do período, reposição de 100% da inflação do período nos benefícios econômicos, como vale-alimentação e refeição, manutenção do adicional de 15% para o trabalho aos sábados, reconquista de uma cláusula que havia sido extinta, a do fornecimento dos tickets durante as férias, e pagamento das PLRs de 2021 e 2022.
Os dirigentes sindicais lembram que é a primeira vez desde 2018 que os funcionários dos Correios têm acordo sem julgamento de dissídio coletivo.
Para Douglas Melo, diretor da Findect, “apesar da vitória, a categoria ainda tem cerca de 48 cláusulas que foram retiradas pelo governo Bolsonaro durante essa gestão”.
O presidente do SINTECT-RJ, Marcos Sant’aguida, também avalia que a direção da FINDECT e dos sindicatos estaduais “acertaram na estratégia de buscar a conciliação mediada pelo TST para garantir avanços”.
“Não faríamos greve pela greve, isso é um absurdo. As negociações deste ano não avançariam mais além dessa conciliação. Parabéns aos trabalhadores pela decisão acertada”, destacou o presidente.