O governador de São Paulo João Doria (PSDB) respondeu às ofensas realizadas pelo prefeito do Rio de Janeiro, Marcello Crivella (Republicanos), que o chamou de “vagabundo” e “viado” na noite da ultima quarta-feira (19). Segundo Doria, Crivella encerra seu ciclo de forma melancólica.
“Lamento que o prefeito do Rio de Janeiro, um pastor que deveria ser um exemplo, faça ataques, use palavrões e o preconceito para se referir a um governador. O prefeito Crivella se apequena e lamentavelmente encerra seu ciclo de forma melancólica”, disse Doria em publicação no Twitter.
Em reunião com colaboradores na Barra da Tijuca, o prefeito do Rio de Janeiro, o bispo da Igreja Universal Marcelo Crivella (Republicanos), teve um ataque contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chamando-o de “viado” e “vagabundo”.
Candidato à reeleição, Crivella xingou o governador de São Paulo usando termos homofóbicos. Durante a reunião, ele tentou atribuir a crise da saúde da capital fluminense em João Doria.
Quando uma espectadora criticou organizações sociais que atuam na área da Saúde, Crivella respondeu: “Eu entrei na Justiça contra esses vagabundos. Tinha dinheiro pra pagar aos funcionários, eles pegaram e pagaram fornecedor, que tinha que pagar dia 10 de dezembro. E faltou dinheiro. Todas essas OSs (inaudível)… Sabe de quem é essa OS de São Paulo? É do Doria. Viado! Vagabundo!”
Um dos presentes registrou em vídeo o trecho em que Crivella se exalta:
Mais cedo nesta quinta-feira (19), a assessoria do Crivella divulgou nota na qual o candidato bolsonarista pede desculpas pelos “excessos”.
“A fala foi um momento de revolta pela o OS reter o salário de médicos e enfermeiros mesmo tendo recebido da prefeitura. Em tempos de pandemia isso pode custar vidas. Gostaria de pedir desculpas pelos excessos, e ao governador João Doria”.
Em entrevista durante o primeiro turno, ao ser questionado pela atuação dos “guardiões do Crivella” – grupo de funcionários da Prefeitura, que hostilizavam jornalistas na porta de hospitais municipais – o prefeito respondeu que não tinha o hábito de proferir xingamentos:
“Peço que encontre uma vez que eu tenha xingado, criticado alguém. Os políticos têm momentos em que perdem a paciência, que se ofendem, que brigam, berram, chamam de ladrão, vagabundo, safado… Eu nunca fiz isso”, disse.