Em busca de conquistar votos a qualquer custo, a campanha de Marcello Crivella (Republicanos) divulgou panfletos com fake news contra o seu adversário Eduardo Paes (DEM). Um funcionário da Prefeitura Márcio Giglio, foi flagrado distribuindo panfletos que associam Paes à legalização do aborto e liberação das drogas em frente a uma filial da Igreja Universal, da qual Crivella é bispo.
No material distribuído no Rio, a campanha de Crivella divide o panfleto em vermelho e azul. Paes aparece na parte vermelha junto com o deputado Marcelo Freixo (PSOL), que defendeu que votará para derrotar Crivella neste segundo turno.
Os dois, segundo a fake news difundida pela campanha do atual prefeito do Rio, defendem a legalização do aborto, a liberação das drogas, e o ‘ kit gay ‘ nas escolas, o que sequer existe. Tanto Freixo quanto Paes já afirmaram que não há aliança política entre eles, sendo o único ponto de convergência a união contra Crivella nas eleições deste ano.
Marcelo Freixo disse no Twitter que pretende entrar na Justiça contra a ação. “Esse no vídeo é Márcio Giglio, administrador regional da Ilha do Governador. Ele é funcionário de: Crivella e estava distribuindo panfletos com fake news. Isso é crime e foi pego no flagra. Vamos processar!”
O adversário de Crivella no segundo turno no Rio, Eduardo Paes, que soma rebateu o material distribuído pela campanha do atual prefeito: “De novo o ‘pai da mentira’. Primeiro: o PSOL, assim como vários outros partidos, de esquerda, direita, centro, baixo, em cima, recomendou seus filiados a votarem para tirar o Crivella. Mas é importante esclarecer que o PSOL não vai ter qualquer participação num eventual governo meu. Nem eles pediram, nem eu ofereci. Eles já afirmaram, inclusive, que farão oposição a mim a Câmara de Vereadores”, disse Paes.
A assessoria de Crivella confirmou que os panfletos são realmente da campanha do prefeito: “Não há nenhuma afirmação sobre ter o kit gay nas escolas, e sim que o aliado de Eduardo Paes [Freixo, segundo a campanha do prefeito] é a favor”. A assessoria nega, portanto, se tratar de fake news.