73% da população confiam nas urnas eletrônicas. 24% não confiam
A pesquisa Datafolha apurou que a parcela da população que não confia em nada do que diz Jair Bolsonaro subiu e agora é 56%, enquanto apenas 17% confiam em tudo do que ele diz e divulga. Em março eram 53%.
26% dos entrevistados responderam que confiam às vezes. Na última pesquisa, divulgada em março, esse número era de 29%, tendo 3 pontos percentuais da população que passaram a não confiar em nada que Bolsonaro fala.
A mesma pesquisa mostrou que 73% da população confiam nas urnas eletrônicas, atacadas por Jair Bolsonaro com fake news. 24% não confiam.
A pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (26) trouxe notícias ruins para o lado de Bolsonaro. A carestia, preço dos combustíveis nas alturas, fome, desemprego, além de seus ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), às urnas eletrônicas, confrontação às instituições e à democracia, estão piorando a sua avaliação entre o eleitorado brasileiro.
Bolsonaro fez dos ataques às urnas eletrônicas uma pauta permanente em seu governo. Em julho de 2021, disse em uma transmissão ao vivo que tinha provas de que as eleições de 2014 e de 2018 foram fraudadas. Confrontado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), recuou e não apresentou provas.
Jair Bolsonaro passou a ser investigado em um inquérito que corre no STF.
A investigação apurou que Bolsonaro mobilizou para produzir os ataques às urnas eletrônicas e à democracia diversos ministros, como Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência), Anderson Torres (ministro da Justiça) e Luiz Eduardo Ramos (ex-ministro da Casa Civil), e outros membros do governo.
No dia 1º de abril, a agência “Aos Fatos” mostrou que Bolsonaro falou 5.145 mentiras em 1.185 dias de governo. Ou seja, sete mentiras por dia.
Entre elas estão as mentiras sobre a Covid-19, que chamou de “gripezinha” e recomendou o tratamento com “cloroquina” e outros medicamentos ineficazes”.
Bolsonaro também mentiu sobre a “rachadinha” que mantinha em seu gabinete enquanto deputado federal e que organizou no gabinete de seus filhos, na qual expropiava dinheiro público destinado ao salário dos assessores parlamentares.
Nas redes sociais, o dia 1º de abril estava sendo chamado de BolsonaroDay.