Os pré-candidatos do PSDB à Presidência, João Doria, Eduardo Leite e Arthur Virgílio, participaram de um debate e discutiram o apoio dado por alguns deputados às pautas do governo Bolsonaro e o distanciamento que o partido deve ter do bolsonarismo. Apesar de demonstrarem diferenças políticas entre si e se criticarem mutuamente, uma unanimidade entre eles: a necessidade de derrotar Bolsonaro e o que ele representa para o país.
O governador de São Paulo, João Doria, disse que a PEC dos Precatórios, proposta pelo governo Bolsonaro para não pagar dívidas reconhecidas pela Justiça, é uma “prática execrável” e deveria ter sido repudiada por todo o PSDB.
“Não faz sentido um partido que criou a Lei de Responsabilidade Fiscal ter posições dúbias ou posições para apoiar o rompimento do teto e da Lei de Responsabilidade Fiscal; pela mesma razão Dilma teve seu impeachment declarado pelo Congresso”, afirmou.
Doria ainda aproveitou para criticar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, porque os deputados federais do PSDB do Estado votaram favoráveis à PEC.
“Os três parlamentares do PSDB que você comanda no Rio Grande do Sul votaram com o governo Bolsonaro”, falou Doria.
“Quero registrar que os sete deputados de São Paulo votaram contra [a PEC] e a favor do povo, a favor do Brasil. O PSDB é um partido de oposição, não de adulação”, completou.
Arthur Virgílio, que é ex-prefeito de Manaus, fez coro com Doria e disse para Leite que “não deixe que lhe preguem a fama de bolsonarista”.
Eduardo Leite respondeu que não faz imposições no PSDB do Rio Grande do Sul, mas que busca “convencer com argumentos, sem fazer ofertas indevidas”.
O presidente do PSDB, Bruno Araújo, falou durante o intervalo do debate, organizado pelo Estadão, e disse que sua “expectativa é que quando tivermos escolhido um candidato a presidente, que ele se tome de legitimidade para tratar com muito mais força de uma posição do partido nessa questão. Todos partidos perderam controle na relação direta com as bancadas”.
Durante o debate, Eduardo Leite citou as pesquisas que mostram João Doria com uma rejeição maior do que a dele. “Não estou discutindo se é justa ou injusta a rejeição, é um fato. E ela dificulta para o PSDB se comunicar com a população em uma eleição que já tem dois polos extremos”.
Leite ainda disse que existem “boatos de que você [João Doria] estaria constrangendo prefeitos com condicionamento de assinaturas e até suspendendo filiações de vereadores que declararam apoio” aos outros pré-candidatos.
Sem responder à acusação, Doria disse que Leite estava “nervoso”.
Arthur Virgílio, que tem menos chances do que os outros dois postulantes, criticou o mecanismo utilizado pelo governo Bolsonaro para comprar apoio no Congresso Nacional, as chamadas emendas do relator, ou orçamento secreto.
O ex-prefeito de Manaus disse que em seu governo não haveria espaço para essa prática.
A votação nas eleições prévias do PSDB está marcada para o dia 21 de novembro.
A votação será dividida em quatro grupos, cada um correspondendo a 25% dos votos. São eles: filiados registrados até o dia 31 de maio de 2021; prefeitos e vice-prefeitos; vereadores e deputados estaduais e distritais; governadores, vice-governadores, senadores, deputados federais, presidentes e ex-presidentes do PSDB.
não importa quem, e sim quando o CANCER bolsonaro e sua corja serão extirpados para sempre da politica e defenestrados do Planalto.