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O presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), divulgou um vídeo no último domingo (24), comentando a prisão dos suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
“Parabéns pelo trabalho da Polícia Federal. Os irmãos Brazão, Domingos Brazão e Chiquinho Brazão estão presos nesse momento. Um do Tribunal de Contas do Rio e outro deputado federal que era vereador junto com a Marielle. Mas foi preso também um delegado da polícia civil, Rivaldo Barbosa, que na época da morte da Marielle era simplesmente o chefe da delegacia de homicídios. Então, hoje, temos a previsão de quem matou, de quem mandou matar e quem não deixou investigar”, disse Freixo.
“É por isso que nós ficamos seis anos nessa angústia, sem saber quem mandou matar a Marielle. É importante que a gente saiba que a delegacia de homicídios, durante esse tempo da Marielle, foi um verdadeiro escritório do crime. Ninguém dos matadores famosos do Rio foram investigados por essa delegacia, apesar de a gente saber que bons policiais existem no Rio, mas que foram impedidos de investigar corretamente esse caso. Chegamos a resposta e é isso que a gente precisava”, disse.
Marcelo Freixo era deputado estadual no Rio de Janeiro quando a vereadora Marielle Franco foi assassinada, em 14 de março de 2018. Freixo foi uma das primeiras pessoas a se mobilizar após o crime que vitimou Marielle e o motorista Anderson Gomes.
Batizada de Murder Inc., a operação que apura os assassinatos de Marielle e Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves, foi comandada pela Polícia Federal e contou com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro. De acordo com a nota da PF, além dos três mandados de prisão preventiva, estão sendo cumpridos doze mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, todos na cidade do Rio.
Entre os presos, estão os irmãos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.
Freixo escreveu que a primeira pessoa para quem ligou quando soube do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi para Rivaldo Barbosa. “Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo”, relatou em sua publicação. “Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro.”
De acordo com o político, cinco delegados comandaram as investigações do inquérito do assassinato de Marielle e Anderson. Diz ele que, sempre que se aproximavam dos autores, os titulares eram afastados. Por isso, continua, a demora de seis anos para descobrir quem matou e quem mandou matar.
“Agora a Polícia Federal prendeu os autores do crime, mas também quem, de dentro da polícia, atuou por tanto tempo para proteger esse grupo criminoso”, escreveu. “Essa é uma oportunidade para o Rio de Janeiro virar essa página em que crime, polícia e política não se separam”, afirmou.
Veja os vídeos: