A direção da Petrobrás anunciou que irá desligar 4,3 mil trabalhadores da estatal por meio de mais um Programa de Demissões Voluntárias (PDV). O anúncio do PDV foi feito na noite da última quarta-feira, 24, após manifestações de petroleiros no Rio de Janeiro, na Bahia e em Sergipe.
A categoria denuncia que o governo Bolsonaro propõe a venda de patrimônios da empresa e a demissão de seus trabalhadores com o objetivo de se desfazer da estatal logo à frente.
Na manhã da quarta-feira, cerca de 1500 trabalhadores do sistema Petrobrás concentraram-se em frente do edifício Torre Pituba, sede da Petrobrás na Bahia. O ato também foi em defesa do Fundo de Pensão (Petros) e contra a decisão exposta pela direção da Petrobrás de reduzir ou até mesmo acabar com as unidades da estatal na Bahia.
O Sindipetro (BA) alerta que se o governo pôr em prática a decisão de fechamento de unidades da petroleira na região, o estado e municípios poderão perder receitas, e cerca de 15 mil trabalhadores indiretamente contratados pela estatal podem perder seus empregos.
“Não vamos permitir que esse governo de extrema direita apague essa história, privatizando a Petrobrás e retirando a estatal da Bahia”, afirmou o coordenador do Sindipetro (BA), Jairo Batista, ao lembrar que a Petrobrás, uma das principais petroleiras do mundo, nasceu na Bahia.
No Rio de Janeiro, os trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas também realizaram protestos em frente à sede da Petrobrás, no centro da capital fluminense, em defesa do plano de previdência dos funcionários da Petrobrás e contra a privatização da empresa.
“Não tem plano de previdência sem a Petrobrás. O Ministro da Fazenda já disse que vai vender tudo o que puder e rápido. O modelo de previdência que eles tentam nos impor, que é o Petros 3, tem a mesma particularidade da Reforma da Previdência que está em curso no Congresso Nacional”, denunciou o coordenador da Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel.
Em Sergipe, o protesto dos petroleiros foi em Aracaju. Além de criticar o desmonte da Petrobrás, a categoria também reforçou a convocação para os petroleiros se somarem ao ato unificado do 1º de Maio, e fez coletas de assinaturas do abaixo assinado contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro ao Congresso Nacional.