As Centrais Sindicais e o governador de São Paulo, João Doria, chegaram a um acordo sobre o pedido de reintegração de posse da sede do sindicato dos Metroviários de SP feito pela Companhia do Metrô.
A reunião foi realizada com representantes da CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB, no dia 05 de agosto. A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, representou o governo do estado de São Paulo.
O governador e as centrais estão do mesmo lado na briga pela vacinação da população paulista. Doria ligou durante a reunião e propôs a suspensão da medida por 90 dias para discussão de uma alternativa.
O sindicato dos metroviários, no entanto, alerta para a necessidade que a direção do Metrô e o Secretário dos Transportes, Alexandre Baldy, cumpram a determinação do governador e suspendam imediatamente o pedido de reintegração de posse e iniciem o mais rápido possível o processo de negociação com o Sindicato.
No início da noite de sexta-feira (7), a justiça expediu um mandado de reintegração de posse, inclusive autorizando o uso da força policial. O mandado contraria a posição do governador João Doria de abertura de diálogo. O sindicato, através de nota, está convocando a categoria, entidades, movimentos populares e sindicais para comparecerem à sede e se somarem na resistirem pela sua sede.
O terreno onde funciona a sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo foi leiloado há cerca de um mês e meio, e arrematado por R$ 14,4 milhões pela UNI 28 SPE Ltda, representada por Juliana Gomes Rocha Bouvier, arquiteta Coordenadora de Ciência Urbana e Novos Negócios na Porte Engenharia e Urbanismo e, desde então, o sindicato luta pela manutenção de sua sede, que foi instalada no local em regime de comodato.
O terreno onde está a sede do sindicato foi cedido aos trabalhadores pelo governo estadual no final da década de 1980 pelo regime de comodato. O prédio, no entanto, foi construído com recursos dos próprios trabalhadores e inaugurado em dezembro de 1990.
A sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo conta com quadra poliesportiva, estúdio musical, salas e área de lazer. O espaço é conhecido pelo movimento social paulista e, nos seus 30 anos de existência, recebeu inúmeras atividades, como atos, assembleias, congressos, eventos esportivos, festas, entre outros.