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“Só há uma palavra para definir aquele que negocia com governo estrangeiro ataques e sanções contra seu próprio país: TRAIDOR!”, afirma o deputado federal do PCdoB
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) chamou Eduardo Bolsonaro de “traidor da pátria” por estar fazendo uma campanha nos Estados Unidos por sanções contra o Brasil e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Só há uma palavra para definir aquele que negocia com governo estrangeiro ataques e sanções contra seu próprio país: TRAIDOR!”, escreveu em suas redes sociais.
“Eduardo Bolsonaro atua como agente dos interesses de Trump e Elon Musk para solapar a soberania nacional. Não é patriota, é TRAIDOR DA PÁTRIA!”, continuou Orlando.
Na quarta-feira (26), um comitê do Congresso dos Estados Unidos aprovou um projeto para criar sanções contra Alexandre de Moraes por supostas violações à “liberdade de expressão”. Moraes fica, segundo o projeto, impedido de entrar nos EUA.
Eduardo Bolsonaro esteve nos Estados Unidos três vezes desde que Donald Trump foi empossado presidente, em 20 de janeiro. Em todas as ocasiões, mentiu sobre as ações do STF em defesa da democracia e contra os golpistas, como Jair Bolsonaro, que atentaram contra a Constituição.
Ele foi um dos articuladores desse projeto contra Moraes. Em suas redes sociais, o deputado filho de Jair Bolsonaro tem feito publicações em inglês para falar com o público dos Estados Unidos.
Eduardo ainda escreveu mensagens debochando de possíveis respostas do governo brasileiro às sanções que Donald Trump tem ameaçado impor contra o Brasil e outros países.
“Meu Deus! Imagina o quanto o EUA vai sofrer caso o Brasil de Lula sancione ou tarife os produtos americanos!!”, escreveu Eduardo Bolsonaro.
O Conselho de Ética da Câmara foi acionado para investigar a movimentação de Eduardo Bolsonaro para “criar embaraço” nas investigações conduzidas pelo Supremo sobre os ataques à democracia.
O documento apresentado por parlamentares do PT aponta que “a prática, imoral e reprovável do deputado configura uma verdadeira tentativa de constranger não só um integrante de um dos Poderes da República, mas o próprio Poder Judiciário nacional que irá apreciar, se for o caso, as ações penais que envolvem o pai do Representado e seu entorno golpista”.