O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, decidiu permanecer no PSDB.
Leite vinha sendo cortejado pelo PSD, que tinha o governador gaúcho como uma possibilidade para encabeçar uma chapa do partido à presidência da República.
A declaração diz respeito a uma sondagem que o PSD tem feito ao governador gaúcho para que ele mude de partido e dispute a Presidência da República. Gilberto Kassab, presidente da sigla, teria sido comunicado da decisão por telefone na noite de domingo (27).
O governador, entretanto, continua alimentando o sonho de ser candidato a presidente da República.
Na segunda-feira (28), ele anunciou que renunciará ao cargo e que permanecerá no partido. Ele deixa o governo no próximo do dia 2 de abril, data limite dada pela Justiça Eleitoral para ter a possibilidade de concorrer à Presidência da República. Caso optasse pela reeleição ao governo, não seria necessária a saída.
Leite não informou o cargo que pretende disputar nas eleições de outubro, mas disse que está “se apresentando”. Ele relatou ter telefonado para o governador de São Paulo, João Doria, antes do anúncio da renúncia.
“A renúncia me abre muitas possibilidades e não me retira nenhuma. Então, é importante dizer: a lei eleitoral exige que nós estejamos fora de um cargo executivo, a não ser que a única alternativa que se visualize seja a da reeleição”, comentou.
“Não é sobre as prévias, sobre o partido, é sobre o Brasil. Não pode qualquer projeto outro estar acima do nosso sentimento de viabilizar uma alternativa para o país”, disse Leite.
Eduardo Leite, que foi derrotado nas prévias em que o PSDB escolheu João Doria como pré-candidato do partido, chegou a admitir que seu futuro político poderia ser o de concorrer à reeleição.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou, nesta segunda-feira, que o resultado das eleições prévias do PSDB, que decidiram pela candidatura de João Doria à Presidência da República, deve ser respeitado.
“As prévias do PSDB foram realizadas democraticamente. Assim sendo, penso que devem ser respeitadas”, publicou o ex-presidente.
FHC fez o comentário na sequência à confirmação de que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vai permanecer no PSDB.
Sobre as declarações do ex-presidente, Leite declarou que “as prévias são legítimas, nós respeitamos as prévias. Mas nós estaremos diante de uma discussão que envolve outros partidos políticos”.
Um grupo dentro do PSDB, do qual participa o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que é próximo de Jair Bolsonaro, agora quer que Eduardo Leite seja candidato do partido à Presidência, desbancando João Doria.
