Após as mobilizações do dia 14 de setembro, o Dia Nacional de Lutas, Greves e protestos contra a retirada de direitos (ver matéria nesta página), os trabalhadores metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes fizeram na sexta-feira, 15, uma assembleia geral com a presença de 5 mil trabalhadores para a abertura da Campanha Salarial 2017.
A assembleia aprovou uma Pauta de Reivindicações que será entregue a Fiesp e demais grupos patronais para negociação, pedindo por aumento real de salário, pela valorização dos pisos e manutenção de todas as cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho, entre elas, a estabilidade para os trabalhadores acidentados no trabalho e com doença profissional e aqueles próximos da aposentadoria.
Segundo o presidente do Sindicato, Miguel Torres, “a campanha vai ser muito difícil e vai testar a coragem dos metalúrgicos. Temos o dever de não arriar e reconquistar o que a lei tirou. Nunca fugimos da luta. O patronato aprovou na reforma que o negociado tem que prevalecer sobre o legislado, então, vamos negociar e restabelecer todos os direitos tirados pela lei, com todas as garantias sociais, a representação sindical e o fortalecimento do sindicato”, afirmou.
Foi aprovada também a proposta de realizar uma nova paralisação nacional no dia 10 de novembro, um dia antes da entrada em vigor da lei trabalhista aprovada no Congresso Nacional. A proposta foi debatida em reunião na sede do sindicato com 53 sindicatos de metalúrgicos ligados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e à Força Sindical, que representam cerca de 690 mil trabalhadores. A data-base a categoria é 1º de novembro.