![](https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Retratos-dos-criminosos-reproducao.jpg)
A convocação do ataque terrorista de domingo (80) contra o Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto teve participação de grupos de influenciadores digitais bolsonaristas, que se articulavam por meio de aplicativos de mensagens.
Vários destes ativistas publicaram vídeos e transmitiram a invasão ao vivo, especialmente pelo Instagram. A maioria dos canais foi apagada em seguida.
Para disfarçar a convocação para os atos golpistas em Brasília, os ativistas chamavam para “um encontro em massa” na Praça dos Três Poderes. O evento, segundo os articuladores, era a “última chance” de impedir que o Brasil se tornasse comunista.
Segundo o portal UOL, entre os influenciadores bolsonaristas que convocaram os atos golpistas, além da incitação a bloqueios de refinarias e paralisações contra o governo eleito, estão pastores, empresários e até uma lutadora de MMA.
O portal de notícias identificou alguns nomes:
O cantor gospel Salomão Vieira, que tinha 335 mil seguidores no Instagram, publicou vídeos em uma carreata bolsonarista na capital paulista, na última sexta (6), e transmitiu ao vivo a invasão em Brasília. Nos últimos dias, Vieira publicou fotos e stories em supermercados, fazendo compras para os acampamentos golpistas em São Paulo e em Brasília.
A cantora gospel Fernanda Ôliver, com 135 mil seguidores no Instagram, transmitiu a invasão ao vivo. Apesar de morar em Goiânia, em dezembro ela apareceu em um ato golpista em frente a um quartel em Londrina, no Paraná.
Juliano Martins, que foi alvo de uma operação da Polícia Federal, em 2021, pela organização de atos golpistas no 7 de setembro ao lado do caminhoneiro bolsonarista Zé Trovão, divulgou uma chave pix em seu canal no Telegram, que arrecadava doações para a manifestação em Brasília.
A lutadora de MMA Cristiane Venâncio (Cris Cyborg), com 1,2 milhão de seguidores no Instagram, apareceu em um vídeo de convocação para o ato golpista do último domingo e compartilhou vídeos dos manifestantes no dia da invasão, apesar de viver nos EUA.
O empresário Diogo Arthur Galvão, que atua no ramo de madeiras em Campinas, apareceu no vídeo de convocação e transmitiu ao vivo a manifestação em Brasília, publicando fotos de dentro dos prédios invadidos.
Líder de uma aldeia em Campo Novo do Parecis, no oeste de Mato Grosso, o Cacique Rony Pareci representa um grupo de indígenas que tem participado dos atos golpistas. Em novembro, ele falou em uma audiência no Senado promovida por bolsonaristas para questionar o sistema eleitoral.
Conhecido pelo perfil “Resistência Joinville”, Eduardo Gadotti Murara postou vários vídeos dos atos golpistas na cidade catarinense e divulgou um pix para receber doações. Ele também transmitiu ao vivo a invasão em Brasília.
Integrante do canal Hipócritas, um grupo de humor bolsonarista, Bismark Fugazza já é alvo de um mandado de prisão do ministro Alexandre de Moraes, mas está solto. No dia da invasão, disse em publicação que “o Brasil vai parar” e incentivou uma paralisação de caminhoneiros.
Pastor evangélico em Goiânia, com mais de 100 mil seguidores no Instagram, Thiago Bezerra já havia participado de outros atos na capital federal e transmitiu a invasão em stories.
Advogado registrado em Frutal (MG), dono de canal no YouTube com 238 mil inscritos, Solano Henriques postou no sábado um vídeo do acampamento bolsonarista com a legenda “Brasília vai ferver” e também postou vídeos no dia do ato.
Alguns bolsonaristas que participaram da convocação destes atos golpistas usaram as redes sociais para tentar negar responsabilidade pelas cenas registradas em Brasília.
MAGNO MALTA
![](https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Magno-malta-Roque-de-Sa-Agencia-Senado.jpg)
Um dos bolsonaristas mais fervorosos, o senador eleito Magno Malta usou as redes sociais para convocar os atos golpistas que ocorreram em Brasília no último domingo (8).
Em um vídeo divulgado pela revista “Veja”, o senador aparece pedindo uma “ação dura do povo patriota” para “dar resposta” ao país.
Ainda que tenha dito que não queria violência, o parlamentar está sendo apontado como um dos insufladores dos atos de vandalismo que provocaram destruição no Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto
Ao se manifestar em suas redes sociais contra a participação de parlamentares nos atos terroristas de domingo (8), o deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol-SP) pediu que o Malta seja investigado e o seu mandato cassado por “convocar golpistas para a invasão”.
“Senador Magno Malta convocou golpistas para a invasão de hoje. Parlamentar que apoiou os golpistas tem que ser investigado e cassado!”, escreveu no Twitter.