“Rio precisa retomar o emprego e o investimento em saúde pública”, defendeu Elza, liderança do movimento feminino e candidata a vereadora do Rio
Em uma caminhada “Em Defesa da Vida”, no calçadão de Campo Grande, na zona Oeste do Rio, a liderança feminina da região e candidata a vereadora, Elza Serra (PCdoB), afirmou que “enquanto Bolsonaro diz que não vai comprar vacina, se for da China, chama os brasileiros de maricas, e é seguido por Crivella em sua política negacionista, contra a ciência, e de desmonte da saúde, as pessoas aqui estão morrendo, as mulheres estão morrendo”.
Elza apontou que a zona Oeste é a região com os maiores índices de contaminação e mortes por Covid-19 no Rio de Janeiro.
Durante a caminhada, que contou com a presença da candidata à prefeitura do Rio, Benedita da Silva (PT), da candidata a vice, deputada estadual Enfermeira Rejane (PcdoB), e da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), entre outras lideranças, Elza também denunciou os enormes índices de mortalidade materna e mortalidade infantil na região.
Para Elza, o desmonte na saúde pública, que já acontece no Rio de Janeiro de longa data e que se agravou ainda mais com a corrupção no setor e o descaso perpetrados pelo prefeito Marcelo Crivella, ficou latente durante a pandemia do coronavírus.
“A grave crise na saúde e a crise econômica é o que fizeram a nossa Cidade Maravilhosa atingir a triste marca de campeã de mortes por coronavírus”, denunciou.
Moradora da periferia da zona Oeste, Elza Serra desponta como uma das mais promissoras candidaturas à Câmara Municipal da capital fluminense.
Elza é ativista com longa história em defesa do Brasil e do povo, em defesa da Petrobrás e do desenvolvimento econômico da cidade, e tem levantado em sua campanha a urgência de resgatar o Rio do fundo do poço e trazê-lo de volta aos cariocas.
Para ela, uma das principais questões a ser enfrentada na capital é o alto índice de desemprego, agravado com a pandemia. “Falta investimento público para enfrentar o esvaziamento econômico da cidade”, afirmou. “Isso, além do desemprego, atinge todos os setores, a educação, a saúde, o transporte, a cultura”, diz.
“Essa situação é muito mais grave ainda para as mulheres”, afirma ela, que à frente da Federação das Mulheres Fluminenses tem lutado pela importância da formação e qualificação profissional feminina e por mais creches.
“Como mulher, negra e mãe de quatro filhos, na Federação, na Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), no Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) e no Fórum Estadual de Mulheres Negras, sempre lutei pelos direitos das mulheres, por emprego com igualdade salarial, por creches e contra o preconceito”, afirma a candidata.
Outra questão levantada em sua campanha é a violência, não apenas a violência contra as mulheres, mas a que atinge a todos os cariocas.
Segundo ela, “pesquisas indicam que o medo de morrer é o que mais aflige os moradores da cidade”.
“Esse medo da violência e, agora, o medo de morrer pelo vírus, as pessoas tendo que sair para trabalhar, se virar, senão morrem de fome, não pode continuar. Não podemos mais viver reféns do medo”, afirma.
ANA LÚCIA