
Os entregadores de aplicativos realizaram uma segunda paralisação, nesta terça-feira (14), na cidade de São Paulo, reivindicando melhoria na política de remuneração dos aplicativos e reconhecimento de vínculo trabalhista com as plataformas de entrega, como Uber Eats, iFood, Rappi e Loggi. O ato foi organizado pelo Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas Intermunicipal do Estado de São Paulo (SindimotoSP).
A manifestação teve concentração às 9h na sede do sindicato, no bairro da Vila Olímpia, e seguiu para a Câmara de Vereadores, onde se reuniram com o presidente da Casa, o vereador Eduardo Tuma (PSDB) para discutir o Projeto de Lei 578/2019.
O projeto, apresentado pela Comissão de Trânsito e Transportes da Câmara, define responsabilidades para empresas que contratam motociclistas para entregas, prevendo pagamento de adicional de periculosidade e responsabilidade solidária em caso de acidentes com o trabalhador.
Após o protesto em frente à Câmara, os motoboys seguiram em direção ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na Consolação, para uma audiência às 16h com os aplicativos. O encontro, segundo o SindimotoSP, foi marcado após os protestos de 1º de julho.
O ato convocado pelo SindimotoSP carrega algumas das mesmas bandeiras defendidas pela paralisação nacional dos entregadores realizada no dia 1º de junho, como: aumento do valor por entrega; aumento do valor por quilômetro rodado; fim das punições com bloqueios; fim de sistemas de pontuação e ranking de entregadores; contratação de seguros de vida e de acidente, roubo ou furto; fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI’s) durante a pandemia e remuneração a contaminados pela Covid-19.