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Organizações negras evangélicas publicaram na última sexta-feira (28) o “Manifesto Negro Protestante Brasileiro”, que cita demandas do movimento e destacam problemas sociais e econômicos que foram ignorados nestes quase quatro anos do governo do candidato a reeleição a Presidência da República Jair Bolsonaro (PL).
As entidades denunciam a queda do poder aquisitivo das famílias, crescimento do número de pessoas em situação de rua, o aumento da fome, falta de garantia da saúde da população negra, além do racismo, extermínio e encarceramento da juventude negra “que ocorrem das mais diversas formas nas periferias brasileiras, com visível desigualdade, por parte do braço armado do Estado brasileiro”.
No documento, as 14 entidades, de 13 estados diferentes, se pronunciaram contra o bolsonarismo dentro das igrejas.
A secretária executiva da Rede de Mulheres Negras Evangélicas, Vanessa Barboza, afirma que “considerando que a população negra é o maior número de adeptos do protestantismo brasileiro, é importante que organizações negras evangélicas manifestem-se sobre esse momento histórico que vivemos, de ameaça à Democracia e do bem-estar e qualidade de vida dessa população”.
“Para mim é muito importante que esse manifesto, sinalize uma voz profética de denúncia do perigo que corremos e também de denúncia dos danos que o governo Bolsonaro já tem nos causado nos últimos quatro anos”, disse Barboza.
Entre as organizações que assinam o manifesto estão: Aliança de Negras e Negros Evangélicos do Brasil, Movimento Negro Evangélico do Brasil, Pastoral de Negritude Igreja Batista do Pinheiro, Pastoral da Negritude Rosa Parks e Rede Mulheres Negras Evangélicas, Fórum de Negritude da Aliança de Batistas do Brasil, Coletivo Reverendo Martin Luther King Jr, Coletivo Independente de Pessoas Negras da Igreja Metodista do Brasil, Coletivo Negro Evangélico Cuxi, Coletivo Núbias, Coletivo “O Que Tem no Brasil”, Coletivo Zaurildas, Grupo de Estudos Antirracista África Bíblica, e GT Teologia e Negritude da Fraternidade Teológica Latino-americana.