O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, manteve sua decisão e negou mais um pedido do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para fazer um pronunciamento em rede nacional durante o período eleitoral.
O ministro de Bolsonaro diz que quer orientar as famílias a levarem os filhos para se vacinarem contra a Poliomielite, mas no discurso havia trechos mentirosos sobre a atuação do governo na vacinação contra o coronavírus.
Edson Fachin barrou o pronunciamento, inicialmente marcado para o dia 5 de agosto, e negou dois recursos. A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) disse que o discurso seria apenas para incentivar a vacinação, mas o presidente do TSE provou que não.
“A tônica do discurso não reside em tais elementos, considerando que o restante da manifestação narra a atuação do Ministério da Saúde, no passado remoto e próximo, além de renovar a pretensão de manifestar-se sobre o Dia Nacional da Saúde, proposta que não se coaduna, sob qualquer forma de interpretação, com os predicados excepcionais exigidos pelo art. 73, inciso VI, alínea b, da Lei das Eleições”, afirmou.
Um trecho do discurso dizia que o governo Bolsonaro vacinou a população brasileira contra o coronavírus “em tempo recorde”
“Durante a pandemia de Covid-19, demonstramos nossa capacidade de adquirir e vacinar, em tempo recorde, a nossa população. Com isso, alcançamos altas taxas de cobertura vacinal que nos permitiram o controle da emergência de saúde pública de importância nacional”, pretendia dizer Marcelo Queiroga em rede nacional.
Além de eleitoreiro, Queiroga queria ser mentiroso, pois não menciona as dezenas de emails que o governo Bolsonaro ignorou da farmacêutica Pfizer, que oferecia milhares de doses de vacina para chegarem ao Brasil em dezembro de 2020.
Também não falaria que o governo de Jair Bolsonaro recusou ofertas feitas pelo Instituto Butantan, que trouxe para o Brasil a vacina Coronavac.
Enquanto isso, Jair Bolsonaro e membros do Ministério da Saúde faziam campanha contra as vacinas, dizendo que faria crescer barba em mulher ou fazer as pessoas virarem jacaré.
Sem falar na propaganda ostensiva e imoral de remédios comprovadamente ineficazes contra a Covid-29, como a cloroquina e a ivermectina.