O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que entidades como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) “são entidades da sociedade civil com representatividade”.
O vice-presidente fez o comentário ao ser questionado sobre o manifesto que está sendo organizado pela Fiesp e Febraban criticando o governo e pedindo gestos de pacificação entre os Poderes.
“A Febraban e a Fiesp, que estão liderando esse movimento, são daquelas que eu considero pilares da nossa civilização. São entidades da sociedade civil com representatividade e que consequentemente têm que sempre fazer valer as pessoas que foram eleitas por eles, o pensamento deles, as necessidades para que haja uma harmonia maior e, vamos dizer, uma comunhão de esforços e interesses entre aqueles que são encarregador de governar, legislar e o restante da nação”, declarou Mourão, ao chegar no Palácio do Planalto.
Para Mourão, há “retórica” nas declarações de ambos os lados e que o tempo vai distensionar a situação.
“Há uma retórica, tal e coisa, daqui para lá, de lá para cá. Nós temos as nossas visões, as nossas propostas, muitas vezes entram em choque com outras visões. Eu vejo que o tempo é o senhor da razão, vai distensionando as coisas”, afirmou.
Por conta das críticas das entidades industriais e financeiras, Bolsonaro pressionou a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil a deixar a Febraban.
A eventual saída dos dois bancos da Febraban representaria uma perda de 22,5% nas receitas da principal entidade que representa o setor bancário brasileiro.
O manifesto está em vias de ser divulgado e já conta com cerca de 300 assinaturas de entidades.